Cotidiano

Nível do Rio Sena, em Paris, começa a baixar neste sábado

PARIS — O nível do Rio Sena, em Paris, começou a baixar neste sábado, após atingir sua maior alta em 34 anos e provocar uma série de enchentes. O rio chegou a 6,10 metros acima do normal na sexta-feira, o que colocou a cidade em alerta máximo. Com uma ligeira melhora do cenário, o alerta agora é 2, um nível abaixo do máximo.

Neste sábado, a água do Sena amanheceu escura, arrastando troncos de madeira, sacolas plásticas e lixo. As escadas que levam ao rio continuam alagadas, e turistas têm se aglomerado próximo às margens para registrar a cena pouco usual de um dos principais cartões-postais do país. Os bombeiros pedem aos curiosos para “evitar se colocarem em risco”, e para se lembrarem de que alguns lugares ainda estão “perigosos”.

— Isso nos lembra que a natureza é mais poderosa que o homem. Não podemos fazer nada além de esperar — filosofa Gabriel Riboulet, um empresário de 26 anos.

Segundo o primeiro-ministro, Manuel Valls, quatro pessoas morreram até agora na França por causa de inundações, e outras 42 ficaram feridas. Quase 20 mil pessoas deixaram suas casas desde o início das inundações. Entre elas, 17.500 apenas na região de Paris, informou Valls.

Famosos por suas coleções de arte de renome internacional, os museus do Louvre e d'Orsay, nas margens do Sena, amanheceram na sexta-feira fechados para a retirada de obras do acervo subterrâneo sob risco de inundação. De acordo com a associação da indústria francesa AFA, as inundações poderiam custar às companhias de seguros cerca de US$ 680,5 milhões ou mais.

Ao menos 18 pessoas morreram em toda Europa — incluindo as quatro da França — por conta de enchentes.