RIO ? Na disputa voto a voto pela vitória no segundo turno, os discursos de Marcelo Crivella (PRB) e Marcelo Freixo (PSOL), após confirmado o resultado, sinalizaram a estratégia de cada um na busca por alianças. Crivella, contendo o entusiasmo, começou ontem mesmo a ligar para os derrotados. Freixo puxou o coro de ?fora, Temer?, empolgando a militância, e disse que não negociará cargos. A estratégia de ambos só é parecida quando o assunto é o PMDB: nenhum dos dois, pelo menos publicamente, quer o apoio do partido do candidato Pedro Paulo e do prefeito Eduardo Paes. Eleições Rio02-10
Na briga pelos apoios, Crivella disse que, à exceção do PMDB, procuraria todas as forças. Pelo menos um dos candidatos derrotados disse que já foi procurado por um emissário do senador do PRB. Porém, para receber um eventual apoio deste político, Crivella precisará superar a ideia de que terá no ex-governador Anthony Garotinho, cuja filha o apoiou abertamente, um influente aliado na futura gestão.
Mesmo rejeitando o partido do prefeito Eduardo Paes, o PMDB, Crivella é cauteloso. Disse que não pretende negociar apoio, mas não barraria o acesso de Pedro Paulo ao seu palanque:
? Não rejeito voto de nenhum eleitor.
Sua ambição não é Pedro Paulo, mas sim quem votou no peemedebista. A avaliação de aliados é que o senador deve atrair o voto popular e conservador dos partidos que apoiavam Flávio Bolsonaro, Indio da Costa e Carlos Osorio.