WASHINGTON ? A Casa Branca anunciou nesta sexta-feira um novo pacote de reduções às sanções comerciais contra Cuba. O presidente dos EUA, Barack Obama, disse em comunicado que este é um enorme passo adiante no processo de normalização das relações diplomáticas entre os dois países. Com a mudança, Wahington poderá autorizar licenças para a importação de alguns produtos farmacêuticos de origem cubana e iniciativas conjuntas para investigações médicas. A medida também retira os limites de valor monetário que os viajantes autorizados podem importar em produtos de Cuba aos EUA.
Ao apresentar uma diretiva presidencial de 12 páginas, Obama reiterou o amplo enfoque do seu governo para promover a aproximação com a ilha caribenha, proponto que a abertura seja irreversível. Ressalvou, porém, que os EUA não buscam pressionar pela mudança no regime cubano.
Esta é a sexta rodada de mudanças nas leis e regulamentos que regem as sanções comerciais dos EUA contra Cuba desde que os dois velhos adversários restauraram suas relações bilaterais no ano passado.
O Tesouro americano também anunciou que emitirá uma autorização para permitir que pessoas sujeitas à jurisdição dos EUA proporcionem serviços relacionados à segurança da aviação civil para Cuba. Este é considerado um tema sensível para Washington.
Em dezembro de 2014, Washington e Havana surpreenderam o mundo ao anunciar o início de um histórico processo de aproximação, após meio século de ruptura e desconfiança. As relações diplomáticas entre os dois países foram formalmente reestabelecidas em 2015.
Na diretiva, Obama considerou que a aproximação era necessária para pôr um ponto final à política obsoleta que fracassou em defender os interesses dos EUA. Agora, os dois países estão empenhados em conduzir um processo de normalização dos seus laços, o que implica desmontar o enorme emaranhado legal dos EUA que determina as sanções contra Cuba.