Cotidiano

Com o fim da obrigatoriedade do extintor, revendas já calculam prejuízos

Nova lei, que passou a vigorar na última semana, pegou as indústrias e revendedores de surpresa

Cascavel – Na semana passada, muitos motoristas se viram prejudicados após a revogação da determinação da obrigatoriedade de extintores ABC em veículos automotores. No início do ano, o preço da unidade chegou a R$ 100 após a falta do produto nos estoques para venda. Isso fez com que o Contran (Conselho Nacional de Trânsito) estendesse o prazo para que a indústria tivesse tempo hábil para se preparar.

O problema é que, sem nenhum aviso, a nova lei que passou a vigorar na última semana pegou as indústrias e revendedores de surpresa.

“Estamos com um estoque de aproximadamente seis mil unidades, o que equivale a R$ 400 mil, que seriam vendidos de outubro até o fim do ano”, explica o proprietário de uma loja de extintores de Cascavel, Clodoaldo de Oliveira. Clodoaldo á também vice-presidente da Abravae (Associação Brasileira das Empresas Vistoriadoras de Extintores), e conta que o impacto nacional deve atingir diretamente dez mil funcionários.

“No início do ano existiam sete empresas no Brasil que fabricavam o item, e até o fim do ano a previsão era que este número chegasse a 22 empresas”.

Clodoaldo explica que diversas ações estão sendo impetradas contra o Contran a fim de minimizar o prejuízo.

“Nós já pagamos até os impostos destes produtos. Além da procura cair para quase zero, os extintores têm prazo de validade de cinco anos, e os que não forem vendidos neste ano, já serão comprados com validade de quatro anos”, reforça.

(Com informações de Nathalia Lehnen)