Cotidiano

Carnaval: Aumento de DSTs reforça a necessidade de prevenção

Dos 25 municípios da 10ª Regional, 23 já apresentaram casos de Aids

Cascavel – Carnaval é uma época em que predomina o clima de festa e diversão, porém é importante que a população esteja atenta quanto à prevenção contra as DSTs (Doenças Sexualmente Transmissíveis).

O programa de Aids da 10ª Regional de Saúde de Cascavel, em 16 anos, notificou pelo sistema de informações 1.731 casos de HIV/Aids em adultos e 39 crianças. Dos 25 municípios pertencentes à 10ª Regional, 23 já apresentaram casos de Aids. Cascavel vem liderando com 1.346. Isso representa 78% das notificações.

Outra estatística preocupante é com relação à sífilis. Em um ano houve aumento de 56% na incidência da doença. De 78 casos confirmados a cada 100 mil pessoas, subiu para 121 notificações.

“Os dados também implicam em contaminação de gestantes e ao bebê onde trará consequências sérias para a saúde da criança, isso quando não ocorre aborto”, alerta a enfermeira Lucia Richetti, do setor de vigilância epidemiológica da 10ª Regional em Cascavel.

Em 2015 a incidência de sífilis congênita foi de 3,3 casos para cada 1.000 nascidos vivos, quando o preconizado pelo Ministério das Saúde é abaixo de 0,5.

Nesse período de Carnaval campanhas de orientação são intensificadas por todos os setores de saúde em locais onde a maioria das pessoas costuma sair para curtir o feriado.

“O que observamos avaliando os dados é que a população banalizou esses agravos de transmissão sexual e deixaram de utilizar o preservativo nas suas relações sexuais. O alerta é importante a todos, sobretudo, para o carnaval que está chegando”, ressalta a enfermeira.

Em relação ao HIV, depois de Cascavel o maior número de casos se concentra em Capitão Leônidas marques (41); Três Barras (40) e Quedas do Iguaçu (40).

Em 2014

No ano passado a taxa de detecção de Aids constatada pela 10ª Regional foi de 30 a cada 100 mil habitantes. Desde o início da epidemia predominam casos masculinos na região e conforme dados acumulados de 1989 até 2015 60% correspondem aos homens e 40% às mulheres.