Brasília – Futuro secretário de Produtividade e Competitividade do Ministério da Economia, Carlos da Costa disse que o Brasil poderá crescer 5% ao ano com aumento da produtividade. De acordo com Costa, o ajuste fiscal e um governo menor e mais eficiente são condições necessárias para o crescimento do País, mas isso não é suficiente para ir além de uma recuperação cíclica.
“Grande parte do que o Brasil cresceu nos últimos anos foi porque caímos e levantamos. Temos que mudar essa mentalidade para ter crescimento de longo prazo”, disse. “Se resolvermos problemas, crescimento será guiado por aumento de produtividade”.
Para ele, é preciso migrar do cenário atual em que são adotadas políticas compensatórias para a indústria, como subsídios, para um cenário de políticas de promoção da competitividade.
Ele disse que o crescimento de 5% ao ano “não é número estratosférico” e se assemelha ao que o agronegócio cresceu com o aumento da oferta no setor. Costa explica que hoje a produtividade do trabalhador brasileiro é 23% menor que a do norte-americano e que é possível adotar políticas para reduzir esse intervalo, o que aumenta o potencial produtivo da economia. “Estamos nos afastando da fronteira de produtividade nos últimos anos”.
Impostos
Um dos caminhos apontados por Costa é a revisão da carga tributária da indústria, que hoje representa 21% do PIB (Produto Interno Bruto). “O principal fator que vem faltando para o País é liberdade para empresário produzir. Precisamos ter menos impostos sobre produção e emprego para ser competitivo”, afirmou.
Ele ressaltou também a necessidade de ter taxa de juros adequada para não “inviabilizar a produção” e disse que o governo de Michel Temer vem sendo um governo de transição, que está “limpando o caminho para a prosperidade”.