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RECURSOS PARADOS

Cascavel e Paraná - Assembleia devolve R$ 620 milhões aos cofres do Estado. Que eu me lembre, nos últimos anos, a COMPOSIÇÃO da  atual Assembleia do nosso Paraná se nos apresenta como a que mais tem oferecido bons expedientes, decisões e exemplos sobre as demais que já passaram. A atual tem provocado regozijos. Mas, (compreendemos? Acho que sim), não é perfeita… tanto que um arranhão, que hoje se descortina, nos parece exigir um reparo crítico.

E ainda: De acordo com a Assembleia o montante supera em R$ 120 milhões à expectativa inicial de restituição. É que nossa ALEP encenando aquele velho e batido ritual de “devolver dinheiro que teria sido poupado” ao longo do período, repetindo, através dessa nada encabulada cena teatral, aquilo que todos os anos está habituada a fazer a maioria dos legislativos estaduais, assim como seguindo exemplo copiado de outros parlamentos, principalmente do Federal que chega a transformar votações no que o ex-deputado Roberto Jefferson um dia intitulou “na mosca” como “toma lá… dá cá”.

Assim é que estão de volta sorrisos, abraços, presença de convidados, principalmente de outros poderes… e discursos, discursos saudando “aquelas sobras que foram robustas do falho orçamento” e, a propósito… como das vezes anteriores, nos discursos, certamente não virá nenhum tópico, nenhuma “lasquinha” sobre “por quê” sobraram aqueles volumosos dinheiros, embora se saiba que foram restos das chamadas medidas impositivas, aquele truque que legisladores condensaram para tentar convencer que cabe também a eles “executar” e não apenas “legislar”.

Então, convenhamos, se sobraram é porque não houve previsão de aplicação, houve, sim, uma gestão falha… Falharam na previsão de gestão e depois, ainda numa espécie de “cara dura” se abraçam… sorriem… festejam como que querendo camuflar uma lastimável circunstância que vem a ser “essa daí” – ou seja – se ao invés de ser mantido por tanto tempo parado esse dinheiro da devolução no invólucro de “bossa política”, tivessem destinado “esses recursos sobrando” para um setor que tanto precisa deles, (como a saúde, por exemplo, há vários e vários outros) – se planejadas e destinadas à saúde aquelas sobras, esse “teatro” não precisaria ser encenado.

Que quadro é esse, entre outros? O que é isso ??? Para citar um caso, digamos, “Isso é uma falta de atendimento a um Paranaense com dor de dente”… Em Cascavel, lá no posto da Cancelli ocorreu, lá no início do ano, como esta despretensiosa Coluna noticiou. E – repito – diga-se por justiça – que os atendentes, foram, como sempre, gentis e zelosos, mas “não havia recursos!!!” Estavam parados, aguardando o início do “show da devolução”.

E, repetindo, a alegação, quando cirurgias são transferidas até por mais de ano, é a de que “faltam recursos”… Mas Deus do Céu!!! E todo esse dinheirão PARADO…SEM UTILIDADE??? Mas para o teatrinho da devolução de fim de ano, com palmadinhas nas costas e sorrisos mostrando “dentes que não doem”… ah… havia recursos, mas estavam, como todos viram, em sono tranquilo e reparador… como há lá, uma bela  e volumosa grana na Alep e, paradona… como que encolhidinha – em conchinha, junto a um “Checoso robusto” esperando que se abram as cortinas e – mordaz – começasse o espetáculo.

GRIFE

Já perceberam que – se vivos – Médice, Castelo Branco, Costa e Silva e Figueiredo teriam sido presos pelo atual “Módulo”???

MESA DE BAR

– Pare de GRITAR desse jeito… Esses gritos não te levarão a nada! – (Mãe de Luciano Pavarotti)

– Garçom… Mais uma gelada, por favor?