Descubra o verdadeiro significado do Natal e como a data de 25 de dezembro simboliza renovação e esperança - Foto: Ilustrativa/Divulgação
Descubra o verdadeiro significado do Natal e como a data de 25 de dezembro simboliza renovação e esperança - Foto: Ilustrativa/Divulgação

Cascavel e Paraná - A escolha do 25 de dezembro para a comemoração do Natal não está diretamente ligada a uma data histórica comprovada do nascimento de Jesus, mas resulta de um processo religioso, cultural e político ocorrido nos primeiros séculos do cristianismo. (confira box) Contudo, apesar do contorno comercial em torno da festividade cristã nos dias atuais, o Natal é tempo de renovação de inúmeras situações e sentimentos. Para o presidente da Opevel (Ordem dos Pastores Evangélicos de Cascavel) e pastor sênior da Pulse Igreja, Gilvano de Souza, “o Natal não é uma data, mas uma pessoa”.

Foto: Divulgação

Em sua mensagem de Natal, Souza reforça a ideia de que 25 de dezembro é apenas uma “convenção” para lembrar que, “sim, Jesus nasceu; a nossa esperança nasceu”, e está intimamente ligado ao que conhecemos por “fé”. O pastor lembra que a manjedoura, a cruz e o sepulcro, de acordo com a Bíblia, “estão vazios” e são símbolos que apontam para processos que nos trazem “uma nova vida”.

“Jesus é o fundador. Ele iniciou e a Bíblia diz que Ele é o Autor e Consumador da nossa fé (Hebreus 12:2); em Jesus, nossa fé precisa ser desenvolvida e alcançar o seu propósito”, destaca Gilvano Souza.

Oportunidades

De acordo com o presidente da Opevel, “Natal é tempo de perdoar mais, de estar mais perto das pessoas, de demonstrar o amor e espalhar a esperança”. E, para tudo isso, a fé é fundamental. “Mas é preciso perceber também que Jesus não é mais uma criança. Ele nasceu, sim, mas não ficou na manjedoura; cresceu, passou por todas as fases da vida até se tornar adulto e cumprir sua missão de trazer luz e salvação a todos que creem e, Nele, depositam sua fé”, completa, emendando uma pergunta: “Jesus nasceu e cresceu; e a minha e a sua fé têm crescido?”

Por isso, reforça o pastor, neste Natal há uma nova oportunidade para renovar ou mesmo conhecer a fé que transforma vidas e situações. “Natal é uma nova oportunidade para refletir sobre tudo o que fizemos, nossos comportamentos, e avançar para um crescimento e uma maturidade que nos proporcionem relacionamentos mais saudáveis, uma vida e uma realidade, de fato, melhores”, acrescenta.

Grandes desafios

Ao observar a realidade e os muitos acontecimentos de 2025, a necessidade de transformação e renovação é uma percepção cada vez mais evidente. Discussões familiares e de trânsito, por exemplo, que acabam em agressões e produzem sequelas graves – até mesmo a morte – apontam para a urgente necessidade de mudanças que podem ser produzidas a partir dos apontamentos da mensagem do presidente da Opevel.

E para que esse desafio de mudança e profunda transformação social seja encarado e concretizado, Gilvano Souza aponta mais uma vez para a fé e a esperança que estão enraizadas na essência do verdadeiro Natal. “Jesus não é mais aquela criança na humilde manjedoura. Também não ficou pregado na cruz, nem fechado naquele sepulcro. Jesus, o Filho de Deus, está vivo e o governo está sobre Seus ombros”, destacou o pastor, para lembrar que “Jesus nasceu há mais de 2 mil anos e transformou a história e, hoje, mais uma vez, todos temos o desafio de convidá-Lo para ocupar o trono do nosso coração”.

Vida nova

Na conclusão da mensagem de Natal, Gilvano Souza evoca os três grandes símbolos da fé cristã. “A manjedoura, no Natal, nos lembra que Jesus nasceu; nasceu a esperança. A cruz nos faz refletir sobre o pecado, mas também nos tira dele, oferecendo um novo caminho. E a ressurreição nos movimenta para uma vida nova, com desafios e dificuldades, porém com a certeza de que não estamos sozinhos: o Rei dos reis e o Senhor dos senhores caminha conosco. Ele vence a morte, renova a fé, sustenta na dor e aponta para um futuro de vida. A esperança, iniciada na manjedoura, se completa na vida transformada de cada dia.”

Foto: Comunicação Pulse

Por que 25 de dezembro?

A escolha do dia 25 de dezembro para a celebração do Natal não corresponde a uma data histórica comprovada do nascimento de Jesus. A Bíblia não indica o dia exato, e nos primeiros séculos do cristianismo essa comemoração sequer existia. A definição da data ocorreu a partir do século IV, quando a Igreja passou a associar o nascimento de Cristo a celebrações já existentes no Império Romano, ligadas ao solstício de inverno e ao culto ao “Sol Invencível”. Com isso, o Natal foi instituído como uma festa cristã que simboliza Jesus como a “luz do mundo”, substituindo antigos rituais pagãos e consolidando-se, ao longo do tempo, como uma das principais datas do calendário religioso e cultural.

O primeiro registro oficial do Natal em 25 de dezembro ocorreu em Roma, no ano de 336 d.C. A partir daí, a celebração se espalhou pelo Ocidente cristão. No Oriente, algumas igrejas mantiveram por mais tempo o 6 de janeiro (hoje Epifania) como data principal ligada ao nascimento de Cristo.