BRASÍLIA Bombardeado por gritos de “golpista”, faixas de protesto e vaias, o ministro da Educação e Cultura, Mendonça Filho, fez um rápido discurso a servidores do Ministério da Cultura. No auditório lotado e quente, Mendonça falou por cerca de 10 minutos, sendo interrompido pelos protestos contra o impeachment.
Além das divergências políticas, os servidores são contrários à fusão dos ministérios da Educação e Cultura, efetivada no governo Michel Temer. Foi preciso que o chefe de gabinete do ex-ministro Juca Ferreira pedisse aos colegas que ouvissem o novo titular.
Mendonça repetiu o que já havia dito mais cedo ao se apresentar no MEC, de que está aberto ao diálogo e que não haverá caça às bruxas. No entanto, enquanto no MEC só houve algumas manifestações pontuais ao final, na Cultura Mendonça saiu sob vaias e gritos.
Ele não anunciou o nome do futuro secretário nacional de Cultura. Roberto Freire estava cotado, mas, segundo Mendonça, não assumirá. O novo ministro garantiu que todas as fundações serão preservadas, citando-as nominalmente: Palmares, Funarte, Casa de Rui Barbosa, Biblioteca Nacional, Ancine, Iphan e Ibram.