Cascavel - Foi sancionada nesta sexta-feira (6) a Lei do Junho Branco, que institui oficialmente o mês municipal de combate ao uso de drogas lícitas e ilícitas em Cascavel. A legislação, proposta pelos vereadores Hudson Moreschi e Everton Guimarães, e a sanção da lei aconteceu durante o lançamento da campanha “Vape Zero”, no Colégio Estadual Eleodoro Ébano Pereira.
A campanha foi idealizada pelos vereadores como primeira ação oficial do Junho Branco e tem como objetivo alertar sobre os riscos do uso de cigarros eletrônicos, especialmente entre adolescentes. Para isso, a programação inclui ações de informação e prevenção nas escolas e em espaços de convivência juvenil, com foco nos danos causados pelos dispositivos eletrônicos para fumar, conhecidos como “vapes”.
A ação é resultado de uma articulação entre o poder público e instituições educacionais e de saúde, contando com o apoio da Prefeitura de Cascavel, da Secretaria de Estado da Educação, da Secretaria Municipal de Saúde, de universidades locaus e da sociedade civil.
Durante a abertura do evento, o prefeito Renato Silva destacou a importância da união de esforços para proteger a juventude.
“É fundamental estarmos sempre dizendo aos jovens que não usem. Porque, depois que começa, muitas vezes não se tem força para voltar. Essa juventude querida precisa de proteção, de alternativas saudáveis. Campanhas como essa contribuem para preservar vidas e fortalecer a saúde pública”, ressaltou.
Dados da Secretaria de Saúde apontam que, no ano de 2024, foram realizadas 42 notificações e 4 autuações. Em 2025, já são 38 notificações e duas autuações em estabelecimentos pela comercialização de cigarros eletrônicos. A diretora do Departamento de Vigilância em Saúde, Rozane Campiol, reforçou o papel da fiscalização para coibir a comercialização desses produtos. Eles são considerados ilegais e sua venda se configura como contrabando.
“Esses produtos têm alta concentração de nicotina, o que causa dependência especialmente em adolescentes. Nosso papel é coibir o comércio e apoiar ações educativas, mostrando os malefícios para a saúde”, destacou.
A campanha “Vape Zero” seguirá com ações educativas e de mobilização social, além de palestras ao longo do mês, promovidas pelos estudantes de medicina com objetivo de ampliar o diálogo entre escolas, famílias, setor público e sociedade civil sobre a promoção da saúde e a prevenção ao uso de substâncias nocivas.
Representando os estudantes, Carolina Vitorazzi falou sobre o papel da juventude na construção de um futuro mais consciente.
“Como futuros profissionais da saúde, entendemos nossa responsabilidade social. Vimos a necessidade de informar sobre os riscos do cigarro eletrônico e fizemos questão de participar dessa campanha. Quando jovens falam com jovens, a conexão é mais direta e eficaz para levar a informação certa”.
Fonte: Secom