
A pergunta é clássica e todos sabem a resposta: “O que seria do mundo sem as mães?” Neste segundo domingo de maio, quando se comemora o sempre especial Dia das Mães, parar e refletir sobre a importância delas é mais do que obrigatório: é essencial! Desde a concepção, o ser humano tem nas mães sua primeira e principal casa (e abrigo) neste mundo. É ela quem gera aquele que será o principal alvo do seu amor: os filhos!
E não apenas os filhos gerados, mas também os acolhidos — para uma mãe, seus filhos serão sempre o que há de mais importante. Ela cuida, protege e ama incondicionalmente. Há quem diga que o amor de mãe é o que mais se aproxima do amor de Deus.
Sempre mãe!
Nos dias de hoje, em que a correria consome grande parte das horas, do nascer ao pôr do sol, as mães têm maestria em dar o seu melhor para dividir o tempo entre tantos afazeres. E, mesmo em meio à rotina atarefada, sempre arrumam um tempinho para dar um carinho no filho, preparar o lanche da escola, fazer uma comidinha especial, arrumar o quarto ou, para aqueles que já saíram de casa, mandar uma mensagem: “Bom dia, como você está?”. Longe ou perto, a preocupação não muda.
O amor caminha com a mãe, assim como a preocupação diária com tudo o que envolve a família. Independentemente da estrutura familiar, a mãe é sempre a base de tudo. E, antes do grande dia, elas são lembradas com cartões, abraços, apresentações escolares e presentes — dos menores aos mais elaborados. Mas, com certeza, quem é mãe sabe: o abraço de um filho e a frase “Eu te amo” são a melhor expressão de todas.
Flores
Uma das formas de expressar todo esse sentimento — e um dos presentes preferidos das mães — são as flores. Elas representam o belo e a admiração. Com seus perfumes, cores e formatos diversos, as flores são tão simbólicas quanto o amor dos filhos.
A equipe de reportagem de O Paraná esteve em uma tradicional floricultura de Cascavel, conversando com algumas pessoas que buscavam flores para o domingo. A maioria procurava um arranjo para complementar um presente ou até mesmo uma flor especial que fosse o presente principal.
“Natal em maio”
Com toda certeza, o tradicional almoço do Dia das Mães fica ainda mais especial com flores enfeitando a confraternização que celebra a vida e fortalece os laços familiares. Não é à toa que o Dia das Mães é considerado a segunda data mais importante para o comércio, perdendo apenas para o Natal. É o “Natal em maio”, já que a maioria dos filhos faz questão de presentear a mãe.
Encontramos Ronaldo na floricultura. Ele é diretor de um colégio estadual de Cascavel e aproveitou para comprar uma flor em homenagem à esposa. Juntos há 15 anos, o casal tem três filhos — de 7, 11 e 13 anos — e, para ele, no domingo das mães, a flor não pode faltar. “Ela é a melhor mãe do mundo, a nossa base, e a flor simboliza o que sentimos por ela”, descreveu, emocionado.
Gerações e exemplos
Izabela é arquiteta e saiu de casa aos 17 anos para estudar. Foi à floricultura comprar mudas de árvores da espécie brinco-de-índio, a pedido da mãe Marisa, já que estava indo visitá-la — algo que faz quase todos os finais de semana. Neste, em especial, levou também uma flor para a mãe, que é agricultora e mora na cidade de Capanema.
Izabela é uma dos três filhos da família, que no ano passado perdeu o pai — um mês após o diagnóstico de câncer.
Bastante comunicativa, ela contou que sua mãe, mesmo nos momentos mais difíceis da vida, como a morte do pai e o acidente automobilístico do irmão, nunca se deixou abater e sempre se manteve forte, com uma fé muito viva. “Minha mãe sempre me diz que, se um problema tem solução, então não é um problema. E eu carrego isso comigo em todas as minhas atitudes, porque aprendi dentro de casa a ter fé na vida”, afirmou.
Izabela ainda lembrou da avó materna, que faleceu em 2014, uma pessoa exemplar e de muita força. Católica, tinha o hábito de rezar o terço com os filhos — tradição que continuou mesmo após sua morte. “Meus tios se reúnem todo primeiro domingo do mês para rezar o terço em família, sempre na casa de um dos irmãos. Esse é um lindo legado deixado pela nossa avó, matriarca da família”, contou.
“Sem distância”
Mesmo morando a cerca de 100 quilômetros da mãe, a Izabela disse que o contato com ela é diário e ressaltou que todos os filhos devem valorizar suas mães e pais, lembrando o mandamento de Jesus Cristo: Honrar pai e mãe — ensinamento que está na base de todas as famílias.
Qual o valor deste pão!?
Felizes as gerações dos anos 40, 50, 60 e 70! Talvez dê para incluir a dos anos 80 também! Explico: aqueles que nasceram no final dos anos 80 e início dos anos 90, salvo exceções, intensificaram a tendência do fast food, época em que o fogão a lenha e o forno de barro passaram a ter cada vez menos espaço. Hoje, tudo precisa ser acelerado: “não podemos perder tempo”. A tradição de “fazer pão em casa”, nos moldes antigos, ainda existe e resiste — mas é cada vez mais rara.
E é exatamente sobre esse “tempo perdido” para “amassar e cilindrar” o pão — manualmente — que este pequeno texto convida à reflexão. O pão da minha mãe, e também da minha sogra (minha “segunda mãe”), exigia tempo para que, pacientemente, chegasse ao ponto de ir ao forno! Quantas conversas tivemos e quantos conselhos recebi enquanto fazíamos pão — aquele legitimamente caseiro, com o toque que só uma mãe tem.
Talvez o pão “francês” quentinho da padaria seja mais rápido e barato, mas com certeza não tem o mesmo valor que o pão da mãe! Neste Dia das Mães, que o sabor desse pão e o valor das suas lições alimentem nossa gratidão por quem nos deu tudo o que temos e somos. A conhecida frase do acróstico “Mãe: amor eterno” é mais que verdadeira. Assim como, para mim — e talvez para você — nada se compara ao pão da mãe!