RIO ? O Sistema Firjan manifestou em nota enviada nesta terça-feira, seu “total repúdio” a um eventual aumento de impostos sinalizado pelo Ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, na semana passada. A medida cogitada pela equipe econômica do governo federal seria uma forma de cobrir o rombo de R$ 58, 2 bilhões no orçamento e ajustar as contas públicas.
Para a representante das indústrias do estado do Rio, aumentar a carga tributária na atual conjuntura, ameaçaria os primeiros sinais de recuperação da economia brasileira, que voltou a gerar empregos após dois anos de recessão. A medida teria um efeito ainda mais trágico na indústria, setor já muito tributado no país. A entidade ainda posicionou-se favoravelmente à reforma da Previdência e à venda de ativos públicos.
Na semana passada, o presidente da Confederação Nacional da Indústria, Robson Andrade, também já havia se posicionado contra o possível aumento de impostos indicado por Meirelles.
? Não concordamos com aumento de impostos, achamos que tem que buscar soluções de redução da burocracia, de melhoria do ambiente de negócios. Nós temos que discutir questões de financiamento, liberar crédito pras empresas, redução dos juros, redução da burocracia para cálculo de impostos, uma série de coisas que a gente pode fazer no Brasil, que facilitam a vida das empresas mas também não representam uma redução da receita tributária.
O Ministro da Fazenda anunciou o eventual aumento como medida para alcançar a meta fiscal de 2017, fixada em R$ 139 bilhões. Para alcançá-la seria necessário um corte de R$ 58,2 bilhões no orçamento deste ano. Esse contingenciamento, no entanto, não seria feito em sua totalidade, já que o o governo poderia elevar impostos e contar com receitas extras de decisões judiciais para sacrificar menos os investimentos.
VEJA ÍNTEGRA DA NOTA DO SISTEMA FIRJAN
O Sistema FIRJAN manifesta seu total repúdio a um eventual aumento de impostos federais, cogitado como uma das medidas de ajuste das contas públicas.
A elevação da carga tributária irá lançar uma pá de cal sobre os primeiros sinais de recuperação da economia brasileira, que está voltando a gerar empregos após dois anos da maior recessão da história do país.
No caso da indústria de transformação, um aumento da carga tributária tem um efeito ainda mais trágico. O setor é o mais tributado da economia brasileira, destinando quase a metade do que produz para o pagamento de impostos.
O problema fiscal não está na falta de recursos, mas sim no tamanho excessivo do Estado e na ineficiência da gestão do que é arrecadado das empresas e dos cidadãos.
E o reequilíbrio das contas públicas passa por medidas como a aprovação da reforma da Previdência e um amplo programa de venda de ativos públicos.
A sociedade brasileira precisa dizer não ao aumento de impostos.