BRASÍLIA ? O Supremo Tribunal Federal (STF) negou habeas corpus ao ex-diretor da Petrobras Jorge Luiz Zelada e o manteve preso. Em fevereiro, o juiz federal Sergio Moro, que conduz os processos da Lava-Jato na primeira instância, condenou Zelada a 12 anos e dois meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, além de multa. O ex-diretor queria obter o direito de recorrer da sentença em liberdade, mas não conseguiu. A decisão foi tomada por unanimidade pela Segunda Turma do tribunal, formada por cinco ministros.
Moro concordou com a denúncia do Ministério Público, segundo a qual Zelada recebeu propina decorrente de um contrato da Petrobras para a contratação de navios-sonda. Baseado em dados de um relatório de auditoria feito pela própria Petrobras, o Ministério Público concluiu que Zelada ignorou procedimentos de governança ao celebrar o contrato, em 2008, contra recomendações dos técnicos que faziam objeções ao afretamento do navio-sonda.