RIO – Para tentar reduzir o risco de morte nas recorrentes tragédias que abalam o estado, o Departamento Geral de Defesa Civil lança hoje uma ferramenta com as 736 principais ameaças de desastres naturais e tecnológicos presentes nos 92 municípios do Rio. O estudo foi feito com a participação de todas as defesas civis e reúne 460 ameaças de desastres naturais e 276 tecnológicas, segundo sua prevalência e capacidade de dano às populações.
De acordo com o diretor geral de Defesa Civil do estado, coronel Paulo Renato Vaz, após o lançamento do mapa o órgão fará um trabalho com as prefeituras para elaborar planos de contingência municipais um para cada ameaça que foi identificada. A ideia é envolver as comunidades e desencadear uma série de exercícios simulados de escape da população de áreas de risco.
O nosso foco é a prevenção. A partir do mapa, vamos em cada cidade desenvolver exercícios simulados de acordo com as características das regiões e do tipo de problema afirmou Paulo Renato.
OBJETIVO É EVITAR MORTES
Segundo ele, quando for impossível evitar um desastre natural, por exemplo, a ideia é minimizar as consequências e evitar perdas humanas:
É um trabalho fundamental para o estado
De acordo com o levantamento, as maiores ameaças naturais para a população do Rio são, em ordem de importância, os deslizamentos, as inundações e as epidemias. Já entre os desastres tecnológicos, estão os relacionados a transporte de produtos perigosos, os colapsos de edificações e os incêndios em aglomerações residenciais.
A ideia de estudar as situações de risco de cada região do estado surgiu a partir da enxurrada ocorrida na Região Serrana, em 2011, e considerada a maior tragédia natural do país, que deixou 506 mortes.
O levantamento foi apresentado na Conferência Mundial da ONU para redução do risco de desastres no planeta, no Japão. Após ter sido aprovado por um júri internacional, o Mapa de Ameaças Naturais do Estado do Rio de Janeiro deu origem à nova ferramenta que, agora, apresenta também os principais perigos tecnológicos do estado afirmou o coronel Paulo Renato Vaz.