NAS RODOVIAS

Proclamação da República: Operação da PRF quer prevenir acidentes e mortes

Foto: PRF
Foto: PRF

A PRF (Polícia Rodoviária Federal) iniciou na primeira hora desta quinta-feira (14) a “Operação Proclamação da República 2024” nas rodovias federais do estado do Paraná que prossegue até o domingo (17). Neste ano, o foco é de reduzir a violência no trânsito e os custos sociais decorrentes de acidentes, intensificando o policiamento, a fiscalização e a educação para o trânsito nas rodovias federais.

Durante todo este período, será ampliada a presença policial nas rodovias, especialmente nas áreas com maior concentração de acidentes, com um policiamento mais eficaz durante os horários e períodos de maior movimento.

De acordo com a PRF, é importante reforçar que os condutores devem estar atentos aos comportamentos de risco como ultrapassagens indevidas, embriaguez ao volante, excesso de velocidade, uso de celular enquanto dirige, não utilização do cinto de segurança, transporte inadequado de crianças e falta do uso de capacete, que são as principais ações de graves acidentes de trânsito.

Material educativo

A operação também contará com um forte componente educativo, com a distribuição de materiais informativos e abordagens diretas aos motoristas, buscando sensibilizar a população sobre a importância da segurança no trânsito, especialmente neste período de maior movimentação nas rodovias, devido ao feriado de Proclamação da República.

Durante os quatro dias de operação, a PRF fará um acompanhamento contínuo dos índices de sinistralidade, ajustando as estratégias conforme necessário, com base nas ocorrências de acidentes com lesões graves ou mortes, já que a meta é aprimorar as ações, visando sempre à redução de vítimas no trânsito.

No Brasil

A mesma ação seguirá em todo o país, mas diferente do Paraná, a PRF nacional estará voltada para comportamentos que agravam as consequências dos sinistros com foco da falta da falta ou do uso inadequado do cinto de segurança, equipamento que é obrigatório para motoristas e passageiros. Em todo o país, entre janeiro e setembro deste ano a falta do cinto de segurança resultou em mais de 166,2 mil autos de infração. Em comparação com o mesmo período do ano passado, quando foram registradas 150,7 mil autuações relacionadas a condutores e a passageiros que não usavam o equipamento, o índice representa um aumento de 10%. 

O uso do cinto de segurança é obrigatório para todos os ocupantes do veículo, incluindo os que estiverem no banco traseiro. A desobediência à norma é uma infração de trânsito grave, prevista no artigo 167 do Código de Trânsito Brasileiro. A penalidade é uma multa de R$ 195,23 e a perda de 5 pontos na CNH (Carteira Nacional de Habilitação). O veículo é retido até que o condutor e os passageiros coloquem o cinto.

Apesar do aumento nas infrações, a PRF registrou queda no número de feridos e mortos em sinistro de trânsito e que ignoraram o cinto de segurança. De janeiro a setembro deste ano, foram 1.530 feridos e 569 mortos. Enquanto que no ano passado foram 2.154 pessoas que se feriram e 736 mortas em ocorrências nas quais ficou constatada a ausência do cinto. 

Olhar eletrônico

Durante este ano novas tecnologias de monitoramento estão ganhando espaço no esforço operacional diário da PRF. São dispositivos eletrônicos que ampliam a área de fiscalização e servem como “binóculos modernos”, permitindo ao agente enxergar ainda mais longe. É o caso da conduta de não usar o cinto de segurança que pode ser fiscalizada com o acompanhamento das imagens geradas por câmeras instaladas em pontos fixos, como postes ou estruturas das praças de pedágio.

Os policiais contam com o auxílio da inteligência artificial, que consegue identificar motoristas que passam sem o equipamento ou ainda fazendo uso do telefone celular. É uma das formas de fiscalização que vem sendo feita na BR-324, na Bahia. O equipamento faz o alerta automático associado à placa do carro, a imagem é revisada e, se confirmado pelo agente a ausência do cinto de segurança, é gerado o auto de infração. A expectativa é de que o modelo de fiscalização seja estendido para outros estados.