RIO – O desembargador Paulo Espirito Santo, do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2), negou nesta segunda-feira pedido da defesa do bicheiro Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira, para cumprir a prisão domiciliar sem a tornozeleira eletrônica. Cachoeira, o ex-dono da Delta Fernando Cavendish e outras três pessoas tiveram a prisão preventiva decretada na Operação Saqueador convertida em domiciliar, mas não foram para casa por conta da falta de tornozeleiras no estado do Rio. A decisão do desembargador se estende a todos os demais presos.
Em sua decisão, Paulo Espirito Santo esclarece que o pedido deverá ser apreciado pela 1ª Turma Especializada, em julgamento que ainda não tem data definida. O Ministério Público Federal (MPF) entrou com recurso depois que o desembargador Ivan Athié converteu a prisão preventiva dos acusados em domiciliar.
Presos em Bangu 8, Fernando Cavendish, Cláudio Abreu, Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, e Marcelo Abub foram submetidos às regras de identificação do sistema penitenciário. Eles tiveram os cabelos cortados e foram fotografados usando os uniformes de presidiários, como mostram as fotos obtidas pelo GLOBO com exclusividade. Detidos na Operação Saqueador, os quatro tiveram a prisão preventiva em regime fechado convertida em prisão domiciliar, por decisão do Tribunal Regional Federal, mas por falta de tornozeleiras eletrônicas permanecem no presídio Bangu 8, no Complexo Penitenciário de Gericinó.