RIO – O gerente executivo de Gás Natural da Petrobras, Rodrigo Costa Lima, disse nesta sexta-feira que a venda de 90% do capital da Nova Transportadora do Sudeste (NTS) à Brookfield está alinhada com o novo Plano de Negócios 2017/21, como também com as regras vigentes do mercado de gás e ainda com a iniciativa do governo que, por meio do Ministério de Minas e Energia, está elaborando um novo modelo para o setor considerando a saída da estatal como líder em vários segmentos do gás natural. A Petrobras anunciou hoje o fechamento da venda de 90% da NTS para a canadense Brookfield no valor de US$ 5,19 bilhões. O executivo disse que a companhia espera receber a primeira parcela do pagamento de US$ 4,3 bilhões ainda neste ano, no fechamento da operação.
A Petrobras tinha uma malha total de gasodutos de 6.540 quilômetros, dos quais 2.050 quilômetros de extensão são os gasodutos da NTS, atende principalmente os mercados do Sudeste principalmente São |Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. A NTS tem ainda seis estações de compressão, 44 pontos de entrega e nove pontos de recebimento.
Segundo o executivo, a Brookfield é uma das maiores gestoras do mundo com uma grande experiência em ativos de infraestrutura, e em em seus projetos com quase 14 mil quilômetros de gasodutos nos Estados Unidos, Canadá e Austrália. Em um primeiro momento será feito um contrato de médio e longo prazos de operação e manutenção de transição com a Transpetro, subsidiária da Petrobras. Esses contratos tem vencimentos a partir de 2025 e outros até 2031.
? Dentro dessa relação, existe o transportador que nesse caso é a NTS, com o controle do consórcio da Brookfield e a relação contratual com o carregador que é o comercializador de gás, ou seja com a Petrobras ? explicou.
Segundo Lima, somente após o aperfeiçoamentos nas questões regulatórias, que estão em estudo pelo governo, é que poderá haver cessões de capacidade de transporte para novos atores.
? Essa transação (venda da NTS) é muito importante porque garante a continuidade para que a NTS possa participar da ampliação de novos gasodutos. Pois da forma da regulação atual a ampliação de novos gasodutos pelo regime de concessão ela não poderia ser viabilizada pela NTS em função das participações cruzadas que a Petrobras tem dentro da TAG ? destacou o executivo.