Cotidiano

Importância do bom clima escolar é tema de debate no Educação 360

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RIO ? Os alunos se sentem acolhidos na escola? Há espaço para resolver conflitos por meio do diálogo? Os professores se sentem apoiados e seguros? Se a resposta para alguma dessas perguntas for ?não?, talvez seja a hora de melhorar o ambiente.

A mesa ?Clima escolar? contou com a participação da pedagoga Telma Vinha, professora da Unicamp, e Ricardo Paes de Barros, economista-chefe do Instituto Ayrton Senna e professor do Insper. Durante a conversa, foram apresentados três estudos de caso que mostraram estratégias criativas e bem-sucedidas para melhorar o humor de professores e alunos em sala de aula.

? Quando se pensa em reforma ou melhoria do clima escolar, sempre é preciso focar em alguns itens: criar comunidades cooperativas dentro da escola, promover apoio a alunos e professores, garantir espaço para resoluções dialógicas de conflitos e incentivar a participação estudantil. Além disso, é preciso fazer com que os indivíduos se sintam respeitosamente desafiados. A escola tem que levar o aluno à superação de si mesmo ? disse Telma Vinha.

Foram esses os fatores que transformaram a rotina do Centro Integrado de Educação de Jovens e Adultos (Cieja) Campo Limpo, na Zona Sul de São Paulo. Há 18 anos, ao saber que ficaria à frente de uma escola no localizada no Capão Redondo, bairro com maior índice de criminalidade da capital paulista, a diretora Êda Luiz abriu os portões para a comunidade. O segundo exemplo focou na inclusão. Idealizadora do Movimento Down, Maria Antonia Goulart mostrou que, com boa vontade e determinação, qualquer escola é capaz de atender alunos com necessidades especiais.

A alfabetização emocional foi o tema do terceiro estudo de caso. Depois de desenvolver uma oficina no Sul da Itália, a artista plástica Livia Moura trouxe para a escola americana Our Lady of Mercy School (OLM), no Rio, um projeto voltado para as relações interpessoais e para o trato dos sentimentos.

As experiências apresentadas agradaram Ricardo Paes de Barros, que provocou:

? Como um país que tem problemas educacionais tão graves apresenta soluções educacionais tão brilhantes? Vimos aqui três soluções fantásticas, e não são exceções. Temos isso espalhado pelo Brasil afora. Por que na educação ideias brilhantes não são copiadas? Evidentemente teriam que ser adaptadas, mas o problema educacional brasileiro não é falta de criatividade, é falta de difusão de boas ideias.

* Do “Extra”.