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Seleção masculina de ginástica surpreende na disputa por equipes e fica a um ponto do favorito Japão

201608061344385260_RTS.jpgRIO – A seleção masculina de ginástica estreou, neste sábado, pela manhã, e superou as expectativas. Com apoio da torcida – que começou a chegar no meio da sessão por causa das longas filas para entrar no Parque Olímpico – os meninos conseguiram a façanha de ficar apenas um ponto abaixo de um dos seus maiores rivais, os japoneses. Arthur Zanetti arrancou suspiros da plateia, ao fazer o cristo de mão aberta, logo no primeiro aparelho que a seleção disputou, as argolas. Porém, sua série foi estrategicamente mais fraca do que aquela que vai apresentar nas fases finais. A emoção da manhã ficou com Diego Hypólito que fez o seu melhor solo do ano e cravou os movimentos. Ovacionado pelo ginásio, que já estava mais cheio, Diego chorou muito quando saiu sua nota, a segunda maior do aparelho.

Entre as equipes que disputaram a primeira sessão, o Brasil ficou em segundo lugar, somando 268.078. O Japão, grande favorito ao ouro, ficou em primeiro com 269.294 pontos. Em terceiro ficou a Holanda, com 257.686 e, em quarto, veio a Coréia do Sul, com 257.645. Ao longo do dia, as outras seleções ainda vão disputar a vaga na final, entre elas a China, outra forte candidata a medalhas. Porém, não é precipitado dizer que, com esse resultado, o Brasil está na disputa da final por equipes. No individual, todos os cinco atletas (Artur Nory, Arthur Zanetti, Diego Hypolito, Francisco Barretto Ségio Sasaki) têm chances de avançar em algum aparelho.

201608061153432589_AFP.jpg– Muitas vezes a gente que acha que a Olimpíada é um bicho de sete cabeças. Mas uma Olimpíada não é diferente de um Campeonato Mundial, de uma Copa do Mundo – afirmou Diego. Links Ginástica

Sem ainda apresentar a sua série mais difícil, Zanetti não preocupa em relação à final nas argolas. Ele ficou atrás de seu maior adversário, o grego Eleftherios Petrounias, que marcou três décimos na frente (15.833). O brasileiro fez 15.533. É pouco provável que os outros adversários ultrapassem a dupla.

– A estratégia é diminuir um pouquinho a nota de partida nas classificatórias. Agora, na final, é fazer a série oficial e ver esses detalhes, de balanço, posição de corpo, para tirar a melhor nota. O principal é sair satisfeito e alegre – disse Zanetti.

A comissão técnica não estabeleceu como prioridade disputar a final por equipe, já que a convocação buscou valorizar os talentos individuais em cada aparelho. Mas as séries coesas de Sergio Sasaki, Francisco Barreto e Artur Nory na fase classificatória tornaram essa meta distante um pouco mais real.

– Para vocês terem uma noção, o Brasil costumava ficar dez pontos atrás do Japão (na classificação por equipes). Hoje ficamos a um ? comemorou o Francisco Baretto, que fez uma boa apresentação na barra fixa, ficando apenas atrás do holandês Epke Zonderland no primeiro grupo.

As oito equipes mais bem colocadas vão para a final. Além da competições por equipes, alguns atletas do grupo misto (que se classificaram sem o resto do país) também se apresentam e tentam vaga no individual geral e por aparelho. Caso do grego, grande rival do Zanetti.