LONDRES Extremistas do grupo Estado Islâmico (EI) capturaram cerca de dois mil civis nesta sexta-feira, usando-os como escudos humanos enquanto fugiam da cidade de Minjeb, no Norte da Síria, informaram uma ONG e um grupo anti-jihadista.
Há uma semana, as Forças Democráticas da Síria (FDS), que inclui combatentes árabes e curdos, tomaram a cidade das mãos do EI. Um pequeno grupo, no entanto, ainda combatia na localidade, na província de Aleppo.
Quando se retiravam de al-Sireb, o último bairro de Minjeb, os jihadistas sequestraram cerca de dois mil civis, incluindo crianças disse o porta-voz militar da FDS, Cherfane Darwich, à agência AFP. Eles usaram civis como escudos humanos, o que nos impediu de atirar.
Os jihadistas fugiram com os reféns para a cidade de Jarablus, um bastião do EI situado a 40 quilômetros ao norte de Minbej, perto da fronteira turca.
O Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH), um grupo de monitoramento que se apoia em uma vasta rede de fontes no território sírio, confirmou o sequestro.
Os combatentes do Daesh (acrônimo do EI em árabe) raptaram em torno de dois mil civis que foram conduzidos em 500 veículos a Jarablus afirmou a ONG.
Apoiados por aviões da coalização internacional dirigida pelos EUA, a FDS lançou em 31 de maio sua ofensiva para retomar o bastião jihadista.
Dezenas de milhares de habitantes haviam conseguido fugis da cidade antes da operação, mas muitos ficaram presos nos combates.
A FDS garantir que a utilização da população como escudo humano pelo jihadista é o que atrasou a tomada da cidade, querendo evitar vítimas civis.
De acordo com a OSDH, desde 31 de maio, 437 civis foram mortos, entre eles 105 crianças na cidade e região