RIO ? Um juiz mexicano concedeu nesta quinta-feira a extradição de Joaquín ?El Chapo? Guzmán para os Estados Unidos, líder do cartel de Sinaloa e um dos narcotraficantes mais famosos do mundo. Em maio, após uma conformação de que os EUA não condenariam Guzmán à pena de morte (já que o México não permite essa sentença), a Chancelaria dera aval à entrega. A defesa recorrerá da extradição, que num ritmo esperado, ocorreria em janeiro.
O 13º Juizado de Amparo em Matéria Penal da capital, Cidade do México, notificou a procuradoria-geral que os recursos interpostos pela defesa ao longo do processo foram rejeitados, abrindo caminho para a extradição. A defesa, no entanto, disse ter recebido instruções de El Chapo para recorrer da decisão.
Em 2009, Guzmán e outros líderes de cartéis foram acusados de enviar milhares de toneladas de cocaína aos EUA entre 1990 e 2005, além de dividirem rotas para transporte de drogas e obter os entorpecentes de organizações criminosas da Colômbia. Ele é requeridos pela Justiça do Texas e da Califórnia.
Atuamente, o traficante está preso no México. Em maio, entretanto, foi transferido sob forte operação de segurança da cadeia de Altipano, no centro do país, para outra em Ciudad Juárez, próxima à fronteira com os EUA, o que facilitaria sua extradição.
Em julho de 2015, El Chapo fugiu da prisão de Altipano por meio de um túnel sob a cela, aproveitando-se de um ponto cego na câmera de segurança. Ele já havia escapado de outra cadeia, a de Jalisco, em 2001.
Nos últimos meses, o império de El Chapo deu sinais de enfraquecimento. Sua mãe sofreu um arrastão em sua casa numa cidade montanhosa em junho, e seu filho foi sequestrado em um restaurante de Puerto Vallarta, em agosto.