BRASÍLIA ? O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, não quer marcar sessões no último fim de semana de agosto para que o Senado acelere o julgamento do processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff. Lewandowski se reuniu nesta terça-feira com o presidente do Senado, Renan Calheiros, que sondou a possibilidade de ter sessão nos dias 27 e 28 de agosto, respectivamente um sábado e um domingo. Em resposta, o ministro disse preferir que os trabalhos ocorram apenas nos dias úteis. Mas uma definição final sobre o cronograma ocorrerá apenas na quarta-feira, após reunião no Senado que terá a participação de Lewandowski e dos líderes partidários.
O caso começará a ser julgado em 25 de agosto, uma quinta-feira, e a expectativa é que se prolongue até a semana seguinte. Caso as sessões sejam realizadas no fim de semana, haverá um desfecho mais rápido, como deseja o presidente interino Michel Temer e seus aliados.
O julgamento do impeachment ocorre no Senado, mas é presidido por Lewandowski. Para que Dilma seja afastada de vez do cargo, é preciso o voto de dois terços dos senadores, ou seja, 54 de 81.
Em 2 de agosto, antes da definição da data de 25 de agosto, o presidente da comissão do impeachment, o senador Raimundo Lira (PMDB-PB), após encontro com Lewandowski, já tinha rechaçado a hipótese de trabalhar no fim de semana.
? Uma coisa que ficou absolutamente definida. Não é tradição do Senado Federal funcionar nos fins de semana. Se eventualmente começar no dia 25, não haverá sessão no fim de semana, no caso sábado e domingo ? disse Raimundo Lira em 2 de agosto.