BRASÍLIA – Depois do bate-boca no plenário que encerrou antes do prazo previsto a sessão de julgamento do impeachment de Dilma Rousseff, os senadores procuram acalmar os ânimos em conversas de lado a lado. Em nome dos aliados de Dilma, o senador Jorge Viana (PT-AC) procurou senadores do PSDB para mediar uma proposta de baixar as armas, focar no debate de mérito das testemunhas de defesa e retirar todos o “pela ordem”, que atrasam as falas. Os favoráveis ao impeachment retiraram os questionamentos às testemunhas e avisam que é importante “evitar a provocação” dos aliados de Dilma.
? O jogo está jogado e os petistas acham que só têm chance se criarem fatos novos. Por isso estão se exaltando. Temos que ter consciência e não cair nas provocações ? afirmou o presidente nacional do DEM, senador José Agripino (RN).
? Vamos baixar a bola e ouvir as testemunhas de defesa. Nos interessa o debate de mérito. Ontem ganhamos o debate – afirmou o senador Lindbergh Farias (PT-RJ), que desde ontem vem protagonizando os bate-bocas com o senador Ronaldo Caiado (DEM-GO).
Caiado disse que abriram mão de questionar as testemunhas de defesa que são “militantes e não têm nada a acrescentar” ao processo. O senador afirmou que a sociedade acompanha a sessão e vai perceber quem realmente está provocando os bate-bocas:
? A sociedade está analisando bem, está vendo os que estão provocando, agredindo e usando palavrão. A toda ação há uma reação. Ninguém ali está para ficar apenas ouvindo de pessoas que não têm a qualificação moral para falar de qualquer senador.