RIO ? O WikiLeaks ofereceu na terça-feira uma recompensa de US$ 20 mil a quem vazar documentos da Casa Branca antes do fim do mandato do presidente Barack Obama. A organização fez o anúncio em uma mensagem divulgada pelo Twitter, enquanto se encontra no centro de uma polêmica política nos EUA. No ano passado, o WikiLeaks realizou uma série de vazamentos com documentos e conversas durante a corrida presidencial americana, cujos principais alvos foram os líderes do Partido Democrata.
“Oferecemos uma recompensa de US$ 20 mil por qualquer informação que permita a detenção ou o desmascaramento de qualquer agente do governo Obama que tenha destruído documentos importantes”, escreveu o Wikileaks. ?Não deixem a Casa Branca destruir novamente a História dos Estados Unidos! Copiem os documentos agora e os enviem ao WikiLeaks quando quiserem!?
A rede de televisão Fox dos Estados Unidos divulgou, por sua vez, uma longa entrevista com o australiano Julian Assange, fundador do WikiLeaks. A conversa foi gravada na embaixada do Equador em Londres, onde Assange está refugiado desde junho de 2012. Na ocasião, ele reafirmou que a Rússia não estava por trás dos e-mails de Hillary Clinton vazados pela organização no ano passado.
Assange se negou a revelar a fonte que transmitiu ao WikiLeaks os e-mails de John Podesta, o diretor de campanha de Hillary. Os documentos incluiam três discursos da ex-secretária de Estado remunerados pelo banco Goldman Sachs ? evidenciando os vínculos entre a democrata e os círculos financeiros de Wall Street.
Hillary acusa o governo russo de ser o responsável pelos vazamentos, uma suspeita também da CIA. A Inteligência dos EUA afirma ter encontrado evidências de que hackers de Moscou realizaram cibertaques a fim de favorecer o republicano Donald Trump na corrida presidencial.