SÃO PAULO ? O cineasta americano Oliver Stone, que está no Brasil para promover o lançamento de seu filme “Snowden: Herói ou traidor”, falou na manhã desta quarta-feira sobre a eleição do candidato republicano Donald Trump à presidência dos Estados Unidos. Stone, que falou sobre seu processo criativo em uma feira de gestão corporativa, em São Paulo, disse ter ficado surpreso:
— Fiquei surpreso, achei que ele não tinha a menor chance, parecia impossível. Agora, hoje, estou tentando olhar o lado positivo. Acho que temos que dar liberdade para o país ser como ele quiser — ponderou o diretor, que na terça se encontrou com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Em entrevista a O GLOBO, na segunda-feira, Stone considerava que a vitória de Hillary estava garantida:
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— Clinton vai ganhar e teremos ela como presidente — disse ele. — Vamos ficar felizes na Europa e no Brasil, com manchetes estúpidas do tipo: “Graças a Deus, Clinton ganhou!”. Vamos esperar e ver. Em seis meses, vamos nos arrepender.
Para o diretor de filmes de viés fortemente políticos como JFK – A pergunta que não quer calar” (1991), “Nixon” (1995), “W.” (2008) e “Ao sul da fronteira” (2009), a melhor solução seria uma “terceira via”:
— Quem sabe se Bernie Sanders tivesse ganhado as primárias democratas e concorresse? — perguntou, em tom de retórica. — Não é o fim do mundo, o que se pode fazer. Acho que um campo magnético baixou em Washington e deixou todo mundo louco.
