SÃO PAULO – O IML (Instituto Médico Legal) de São Paulo identificou nesta quinta-feira o corpo de mais uma vítima da chacina em que cinco jovens da zona leste de São Paulo foram assassinados em circunstâncias que ainda estão sendo investigadas. Com a identificação, os quatro corpos já identificados devem ser liberados para as famílias. Elas esperavam resposta sobre um pedido para que houvesse uma perícia independente nos corpos, mas o pedido foi negado pela Secretaria de Segurança Pública de São Paulo.
?A SSP reafirma que a possibilidade de acompanhamento de peritos indicados pelas famílias somente será analisada caso haja alguma alegação consistente, ao presidente do inquérito, com prova ou evidência de irregularidade ou suspeição em relação ao trabalho dos peritos oficiais?, diz o órgão em nota.
A solicitação para que peritos independentes acompanhassem o trabalho do IML (Instituto Médico Legal) tinha sido feita pelo Condepe (Conselho Estadual do Direito da Pessoa Humana) ontem, a pedido das famílias dos jovens. Elas buscam respostas sobre o crime.
Hoje, o corpo de Jonathan Moreira Ferreira, de 18 anos, foi identificado por meio da arcada dentária, a partir de exames e prontuário odontológico disponíveis na Fundação Casa, para menores infratores, onde ele chegou a ficar internado no ano passado.
As outras vítimas identificadas são Cesar Augusto Gomes Silva, de 19 anos, Caique Henrique Machado Silva, de 18 anos, e Robson Fernando Donato de Paula, de 16 anos. Todos tinham passagem pela Fundação Casa.
Resta ainda confirmar se o quinto corpo encontrado é de Jones Ferreira Januário, de 30 anos. Os corpos tinham sinais de execução e foram localizados pela polícia no último domingo em uma cova rasa, em uma área de mata de Mogi das Cruzes (interior de SP).
Os jovens saíram do Jardim Rodolfo Pirani, no último dia 21, para ir a uma suposta festa em uma chácara na região metropolitana de São Paulo. Há pelo menos três linhas de investigação sobre o crime, duas delas levantam a suspeita de envolvimento de policiais e de guardas civis metropolitanos nas mortes. A outra possibilidade é de acerto de contas envolvendo criminosos.