De Cettrans para Transitar: "mudança garantiu saúde financeira à autarquia", diz Paranhos

Em setembro de 2020, a fase de transição da antiga Cettrans (Companhia de Engenharia de Transporte e Trânsito) para Transitar (Autarquia Municipal de Mobilidade, Trânsito e Cidadania) foi concluída e trouxe uma experiência inovadora e financeiramente viável na gestão de trânsito em Cascavel. Os números referentes à mudança e um balanço das atividades de trânsito foram divulgados na manhã desta quarta-feira (31) durante a Escola de Governo da Transitar.

O prefeito Leonaldo Paranhos destaca que o poder público precisa ter a sensibilidade e coragem de mudar certas ações para melhorar a prestação de serviço à população e, ao mesmo tempo, reduzir custos.

“Nossa decisão corajosa na mudança da Cettrans para Transitar garantiu saúde financeira da companhia e transformação na mobilidade em Cascavel. Tanto é que hoje nós somos referência nacional com a nossa baixa taxa de mortalidade provocada por acidentes, porque nós mudamos a concepção da cidade, sinalização horizontal, vertical, ações de trânsito”, enfatiza o prefeito Paranhos.

A mudança no sistema de gestão do trânsito em Cascavel garantiu o equilíbrio financeiro à autarquia. Em 2019, antes de ser concluída a transição de Cettrans para Transitar, a companhia acumulava prejuízo de R$ 9,72 milhões. Em 2020, o superávit financeiro chegou a R$ 12,9 milhões. Em três anos, a economia consolidada foi de R$ 14,6 milhões.

Simoni Soares, presidente da Transitar, destaca que o objetivo da autarquia é melhorar a mobilidade e salvar vidas. A mudança de regime de empresa pública para autarquia garantiu economia e receita que são empregadas na melhoria do sistema viário.

“Com essa mudança, foi possível realizar esses investimentos através da Transitar, porque a mudança nos processos e a gestão financeira funcionou. A economia na alteração do regime da empresa pública para a autarquia permitiu que o orçamento da autarquia possibilitasse investimentos em segurança viária. Foram investimentos consideráveis em engenharia, investimentos em educação, muito trabalho em relação à mobilidade urbana e aplicação efetiva dos recursos retornando para a população aquilo que é de direito, que é segurança viária e redução de mortes no trânsito, porque o objetivo da Transitar é melhorar a condição de vida das pessoas e salvar vidas”, diz Simoni.

No ano passado, Cascavel registrou a menor taxa de mortes no trânsito dos últimos dez anos. Em 2013, a cidade registrava 10,48 mortes no trânsito a cada 100 mil habitantes. No ano passado, foram 4,6 mortes por 100 mil habitantes. No Paraná, segundo dados do Ministério da Saúde, a taxa ficou em 20,79.