Cotidiano

Com fim do ano letivo, guardas patrimoniais vão reforçar a segurança nas praças públicas

Com fim do ano letivo, guardas patrimoniais vão reforçar a segurança nas praças públicas

A “sensação” de insegurança em muitos locais públicos de Cascavel tem sido um tema de grande preocupação entre os moradores da Capital do Oeste. A situação acaba sendo agravada pela quantidade de pequenos furtos e também do crescimento da população em situação de rua, que visivelmente é percebida, principalmente na região centrais e locais públicos, que acabam sendo muitas vezes, local de concentração dos “desocupados”.

Em menos de 24 horas, dois casos ocorridos em praças públicas da cidade no começo desta semana acabaram , outra vez, disparando o alerta para a importância da presença constante dos agentes de segurança. Na segunda-feira (11), no meio da tarde, uma tentativa de abuso (ou estupro) foi atendida por um Guarda Municipal que estava de plantão na Praça Wilson Joffre. Um adolescente de 14 anos, ao entrar no banheiro público, foi surpreendido por um “morador de rua” de 60 anos.

O abusador pediu para o menino tirar a roupa, mas ele conseguiu fugir e pedir socorro, quando foi atendido pelo guarda que evitou a situação e deteve o homem. A movimentação em “plena luz do dia” chamou a atenção das pessoas que estavam no local que é bastante movimentado, até porque tem um grande parquinho infantil e em dois dias da semana abriga ainda a Feira do Pequeno Produtor.

Já na noite da mesma segunda-feira,  uma mulher de aproximadamente 30 anos, foi brutalmente assinada dentro do Parque Tarquínio, no Bairro Parque São Paulo. Nesse caso, não havia um guarda municipal no local para impedir o crime. Contudo, a equipe da Guarda Municipal também foi acionada por moradores que ouviram os pedidos de socorro, mas chegando ao local a vítima já estava sem vida. A mulher é a 56ª vítima de morte violenta na cidade.

Guarda Municipal

A reportagem do Jornal O Paraná conversou com o secretário municipal de Segurança Pública, Pedro Fernandes de Oliveira, que reforçou que mesmo com uma boa equipe de guardas municipais e patrimoniais, a segurança pública também depende da comunidade, visto que os casos ocorrem em todos os locais. “No caso da Wilson Joffre temos a nossa base, mas nos outros mantemos o sistema de ronda”, disse ele.

Segundo Fernandes, aliado a isso existe o sistema de videomonitoramento, com cerca de 85 câmeras, que auxilia no combate a criminalidade em diversos pontos da cidade. A intenção para o próximo ano é de ampliar esse sistema que atual como “olheiros eletrônicos” e são monitorados 24 horas pelos guardas que ficam na central de videomonitoramento. “Mesmo assim, a população precisa ser nossa aliada e nos acionar nos casos necessários”, reforçou.

Reforço

O secretário disse ainda que a situação deve ser amenizada a partir do dia 16 de dezembro, quando o efetivo da guarda patrimonial, que desde abril foram remanejados para as escolas e Cmeis (Centros Municipais de Educação Infantil), volta a atuar nos espaços públicos, já que as instituições escolares entram em período de férias. “Vamos passar a estar mais atuantes nos locais de visitação do Natal e em todos os espaços públicos, principalmente os parques e nas praças”, falou.

Além disso, esse tipo de casos, para o secretário reforça ainda mais a importância de crianças e de adolescentes estarem acompanhadas nos espaços públicos, já que com a supervisão de adultos, muitos casos podem ser evitados.

“Criança sozinha não!”

No fim de outubro outra situação já havia exposto esse problema, quando um menino de apenas 9 anos foi estuprado no Ecopark Oeste, o que levantou um alerta aos pais e na sociedade como um todo referente a questão de deixar as crianças sozinhas em locais públicos. Um local que deveria ser um espaço da família, acabou sendo o cenário da evidência de um descuido ou a negligência, visto que uma criança de 9 anos não pode ficar desacompanhada de um adulto responsável.

Na edição do último fim de semana, reportagem do Jornal O Paraná abordou o tema, relacionado ao fato de uma menina de apenas 10 anos que foi abordada por um homem armado com um estilete quando estava indo para a escola, perto das 7h da manhã, na semana passada, o que acabou “disparando um alerta aos pais” sobre a responsabilidade de deixar os filhos “andarem sozinhos”. A menina conseguiu fugir, mas o suspeito não foi identificado.

Para a conselheira tutelar, Patrícia Paranhos, a orientação é de que as crianças com menos de 12 anos não fiquem desacompanhadas, nem na rua, nem em casa. De acordo com o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), os adolescentes têm livre circulação que são aqueles com mais de 12 anos, mesmo assim, sempre que possível é bom estarem acompanhados.

Foto: Arquivo Secom