Cascavel – Dois meses após a passagem do tornado por Cascavel, que deixou um rastro de destruição em vários bairros da cidade e muitos prejuízos. Muitos moradores estão tendo dificuldades em conseguir sacar o benefício do “Saque Calamidade” para repor parte das perdas, mesmo tendo seguido todos os trâmites legais. O problema é que os pedidos que são feitos de forma digital estão sendo indeferidos e a Defesa Civil relata que, além da lista original, já encaminhou mais três novas listas complementares de endereços atingidos pelo tornado.
Desde o início dos trabalhos e levantamento dos imóveis atingidos, as equipes da Defesa Civil de Cascavel realizaram as vistorias nas residências em um primeiro momento e, em seguida, pediu que os moradores fossem até a sede da Defesa Civil para levar a documentação, entre elas, as fotos e vídeos que comprovam os estragos. Todos estes endereços foram inclusos nas listas que foram encaminhadas ao MDR (Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional), que é quem homologou a Situação de Emergência do Município.
De acordo com o coordenador da Defesa Civil, Márcio Ribeiro, até o momento, existem três relações de afetados encaminhadas ao MDR, em Brasília: uma enviada no dia 8 de novembro, outra no dia 16 de novembro e a terceira no dia 27 de novembro, totalizando 912 endereços que precisam da validação do processo, para que a Caixa Econômica Federal possa incluir no sistema e o morador conseguir liberar o pedido do saque.
A reportagem do Jornal O Paraná entrou em contato com a Assessoria de imprensa da Caixa Econômica Federal que, por meio de nota, admitiu que a complementação dos endereços foi efetuada apenas nesta terça-feira (5) e partir de agora os trabalhadores residentes nestas áreas poderão solicitar o saque do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) por calamidade até o dia 28 de janeiro do próximo ano. A assessoria não informou se todas as listas já foram incluídas, mas que caso não estejam, isso deve ser feito até o fim desta semana.
Como sacar
O APP do FGTS está habilitado desde o dia 1º de novembro para receber os pedidos de saque pelos trabalhadores e o prazo para que o banco defira o pedido e libere os recursos é de até cinco dias úteis. Depois que for liberado, o valor que é destinado para a conta específica indicada no próprio aplicativo pelo morador. O valor máximo que pode ser sacado é de R$ 6.220,00, dependendo do saldo que o trabalhador tiver no momento da solicitação.
Para a solicitação é exigido dois documentos principais, documento pessoal com foto e um comprovante de endereço emitido até 120 dias antes do ocorrido. O comprovante de residência pode ser conta de água, luz e telefone, por exemplo, e ainda deve ser feita uma foto tipo “selfie” ao lado do documento pessoal, para comprovar que é o morador que está solicitando o saque.
Foto: Arquivo/Secom
