Cotidiano

Novas prisões da Lava-Jato marcam volta de 'Japonês da Federal'

japa_bumlai.jpgSÃO PAULO – O agente da Política Federal Newton Ishii, conhecido como “Japonês da Federal”, voltou a aparecer nesta semana, na Lava-Jato. Ishii ficou quase seis meses longe dos holofotes após ser condenado por facilitar entrada de contrabando no país. Na tarde de segunda-feira, o agente foi fotografado conduzindo o ex-presidente da OAS Léo Pinheiro de volta à prisão, e nesta terça-feira o “Japonês” foi visto de novo durante a prisão do pecuarista José Carlos Bumlai, que voltou à carceragem da PF depois de um período em prisão domiciliar.

Ishii chegou a ser preso em junho passado, cumpriu pena em regime semiaberto harmonizado (quando o acusado não precisa dormir na prisão), o que lhe permitiu trabalhar. Por causa da condenação, no entanto, o agente não pode sair de Curitiba e Região Metropolitana sem autorização da Justiça, deve estar em casa entre 23h e 5h durante a semana e não pode sair nos fins de semana.

EX-PRESIDENTE DA OAS PRESO

japa_PF.jpgO ex-presidente da OAS, Léo Pinheiro, foi preso pela Polícia Federal na segunda-feira, em São Paulo, depois de ser levado coercitivamente a depor na Operação Greenfield, que apura crimes contra fundos de pensão de estatais. Os dois mandados não estão relacionados. A prisão preventiva foi decretada pelo juiz Sérgio Moro, sob o argumento de que é difícil controlar iniciativas do empresário para obstrução das investigações com ele em liberdade.

Léo Pinheiro havia sido preso na 7ª Fase da Lava-Jato, em novembro de 2014, e colocado em prisão domiciliar pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em abril de 2015. No novo pedido de prisão, apresentado em março passado a Moro, o Ministério Público Federal (MPF) afirma que ele deve ser mantido preso para ?garantia da ordem pública, conveniência da instrução criminal e segurança da aplicação da lei penal?. De acordo com os procuradores, foram verificados os crimes de corrupção, cartel e lavagem de dinheiro sob a coordenação do executivo de 2006 até o início deste ano. Procurados, os advogados da OAS não se manifestaram.

Japonês da Federal: de caçador à caça