A Associação Brasileira de Bares e Casas Noturnas (Abrabar) se colocou frontalmente contrária a recomendação do Ministério Público (MPPR), pela não aprovação do projeto de lei que anistia as multas ao setor de gastronomia e entretenimento durante a pandemia da covid em Londrina. A entidade defende aprovação do projeto de lei do prefeito Marcelo Belinati e reforça medida semelhante em todo Brasil e nas principais cidades polo do Paraná.
“Senhores vereadores, vocês foram eleitos para isto. O MPPR não foi feito para legislar, mas para fiscalizar. Então, se tem coisa errada, vá lá e fiscalize”, disse Fábio Aguayo, presidente da Abrabar, em vídeo nas redes sociais. “Queremos dizer que o MPPR tem que se preocupar com a criação de cargos no próprio MPPR, como as muitas situações que não estão sendo investigadas, processos que estão em segredo de Justiça”.
“É isto que o MPPR tem que reagir”, destacou o líder classista. É necessário, na avaliação de Aguayo, que os vereadores enfrentem o obstáculo e aprovem este projeto. “Ajudem os empresários que sofreram muito durante a pandemia. Muita gente morreu, muitos faliram, nossa situação mental está combalida. Precisamos deste apoio neste momento”, apelou.
Sem questionamentos
Aguayo recordou algumas das ações de ajuda e apoio criadas pelos governos durante a pandemia, que não foram questionadas pelo MPPR. “Inclusive o próprio Auxílio-Brasil e a PEC recente aprovada que beneficiou várias atividades. Não vimos o órgão questionando o dinheiro repassado as empresas do transporte coletivo, tudo a fundo perdido”, frisou.
“Neste momento, todo nosso apoio e solidariedade ao prefeito Marcelo Belinati”, concluiu o presidente da Abrabar. A matéria questionada pelo MPPR foi encaminhada em março à Câmara de Vereadores de Londrina. Pela proposta, serão anistiadas as multas aplicadas na pandemia aos bares, restaurantes e casas de eventos.
O perdão irá deixar o dinheiro no bolso dos empresários, reduzindo os prejuízos causados pelas restrições nos meses mais críticos da covid e e impulsionará novas contratações. A Abrabar já fez um apelo para proposta semelhante ser replicada em outras cidades polos, como Curitiba e região metropolitana, Foz do Iguaçu, Maringá, Cascavel, Ponta Grossa, entre outras.
Fonte: Abrapar