Cotidiano

Chacina no Bairro Brasília: acusado de matar a ex-mulher e mais três pessoas é condenado a 63 anos de prisão

O réu assumiu que assassinou a tiros as quatro vítimas, durante uma confusão no dia 21 de fevereiro

Chacina no Bairro Brasília: acusado de matar a ex-mulher e mais três pessoas é condenado a 63 anos de prisão

Foi condenado a 63 anos de prisão o réu João Paulo da Silva, acusado de matar Micheli Petrazzini de Mattos, Renato Augusto Strotkamp, Robson Munari e Thaís Fernanda dos Santos Amaral. O julgamento aconteceu nesta quinta-feira (11) no Fórum da Justiça Estadual de Cascavel.

O crime ocorreu no dia 21 de fevereiro no Bairro Brasília, na casa de Micheli, ex-mulher de João Paulo. Lá, ele efetuou disparos contra as quatro pessoas que estavam no imóvel.

Renato Augusto Strotkamp morreu no local. A segunda vítima, Micheli Petrazzini de Mattos foi transferida para o Hospital Bom Jesus, em Toledo, mas morreu no dia seguinte, terça-feira (22).

As outras duas vítimas, Thais Fernanda dos Santos Amaral e Robson Munari, foram encaminhadas ao Hospital Universitário, mas também faleceram posteriormente.

No dia 05 de abril, um mês e meio após o crime, João Paulo foi localizado por policiais civis da Delegacia de Homicídios na cidade de Sinop, no Mato Grosso, há mais de 1800 quilômetros de Cascavel.

Agora, João Paulo inicia o cumprimento da pena em regime fechado e fica sob responsabilidade do Depen (Departamento Penitenciário). A defesa deverá recorrer da decisão.

DEPOIMENTO

Durante o depoimento no Tribunal do Júri, o réu disse que a casa de Micheli era usada como ponto de venda de drogas, e que a ex-mulher também fazia uso dos entorpecentes.

João Paulo revelou os motivos que o levaram até a residência da mulher. “Ela começava a me ligar, mandar vídeo, falava que iria sair com meus amigos. Falava várias coisas, que eu era corno, chifrudo. Nesse dia ela estava me provocando, eu falei que ia lá, que era para parar de me provocar, porque a gente já tinha separado. A única coisa que tínhamos em comum era a criança”.

O réu disse que Renato e Robson pegaram o celular de Micheli para lhe provocar. “Eles falaram um monte de absurdo para mim. Disseram que estavam armados e se eu fosse homem era para ir até lá. Eu fui na casa para conversar e eles vieram para cima de mim”, explicou.

Em determinado momento, o João Paulo sacou um revólver calibre 38 e atirou contra as quatro vítimas. Ainda durante o depoimento, o réu falou que apesar da ameaça, não viu nenhuma arma com os homens que estavam na casa.