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Gols, folga na tabela, vaga: estatísticas da evolução da seleção após Tite

66021451_São Paulo SP 28-03-2017 Futebol - Brasil x Paraguai pelas eliminatórias da Copa do Mun.jpg

A vaga na Copa do Mundo da Rússia, que chegou a ser colocada em dúvida diante do desempenho hesitante no início das eliminatórias, não explica totalmente a eficiência do trabalgo de Tite à frente da seleção brasileira. Depois de aproveitar e renovar aspectos táticos e técnicos deixados no trabalho de seu antecessor, Dunga, Tite levou o Brasil a um aumento sensível de desempenho nas eliminatórias.

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Os números mostram que a seleção brasileira não apenas se superou na antecedência com que conquistou a vaga para 2018, como também pode terminar as eliminatórias com marcas históricas de desempenho ofensivo e defensivo. Confira algumas estatísticas que evidenciam a evolução da seleção brasileira.

VAGA COM MAIOR ANTECEDÊNCIA

Desde que as eliminatórias sul-americanas passaram a ser disputadas no formato atual, no ciclo da Copa de 1998, nunca uma seleção havia se classificado com quatro rodadas de antecedência, como fez o Brasil desta vez.

Seleção brasileira – 29.03

A maior antecipação de classificação de sul-americanos havia acontecido com a Argentina, em 2002, e com o próprio Brasil em 2010, quando dirigido por Dunga: três rodadas de antecedência.

Em 2006, o Brasil conseguiu a vaga a duas rodadas do fim. Já em 2002 só garantiu classificação na última rodada, após vencer a Venezuela em São Luís. O Brasil não disputou as eliminatórias da Copa de 1998, por ser o campeão à época, e de 2014, por ser país-sede.

MELHOR ATAQUE (E MELHOR DEFESA?)

O Brasil já tem seu melhor desempenho ofensivo nas eliminatórias desde 2002. Os 35 gols marcados até aqui igualam o poder do ataque da seleção que se classificou para a Copa do Mundo de 2006, dirigida por Parreira e que tinha o quadrado mágico Kaká-Ronaldinho-Adriano-Ronaldo. A diferença é que a seleção de Tite ainda tem quatro jogos pela frente para superar a marca.

E a seleção pode terminar também com seu melhor desempenho na defesa. Até agora, foram 10 gols sofridos. A campanha com defesa menos vazada foi a da Copa de 2010, quando o time dirigido por Dunga sofreu 11 gols.

Dunga também seria responsável em parte caso a marca seja superada nestas eliminatórias, já que dirigiu a seleção brasileira em seis partidas antes de Tite assumir. Nestes jogos, o Brasil sofreu oito gols.

A EVOLUÇÃO NA MÉDIA DE GOLS

Tite dirigiu a seleção brasileira em oito jogos nas eliminatórias, todos com vitória. Neles, o Brasil marcou 24 gols: ou seja, média de 3 por partida.

Antes da chegada de Tite, a seleção brasileira tinha pouco mais do que a metade desta média: havia marcado 11 gols em seis jogos, ou 1,8 gol por jogo.

A retaguarda também ficou mais regular: com Tite, foram dois gols sofridos em oito jogos. Antes, havia sido oito gols sofridos em seis jogos. Nem é preciso chegar ao número decimal exato para constatar a evolução.

TABELA PÓS-TITE SUPERA TODOS OS RIVAIS

A pontuação obtida pelo Brasil nos oito jogos sob o comando de Tite seria suficiente para bater o desempenho de todos os outros rivais em 14 rodadas das eliminatórias.

A seleção brasileira somou 24 pontos com oito vitórias sob o comando do treinador. Atual vice-líder das eliminatórias, a Colômbia somou os mesmos 24 pontos em toda a campanha. E ainda ficaria atrás no saldo de gols e no número de vitórias.