Cotidiano

Inédito: Harpia que nasceu em cativeiro dá à luz

O programa de reprodução da harpia do Refúgio Biológico de Itaipu conseguiu um feito inédito no fim de semana: o nascimento do primeiro animal cuja mãe também é nascida em cativeiro. A segunda geração em cativeiro é um caso raro no mundo todo – há registros apenas nos Estados Unidos e no Panamá. Na segunda-feira nasceu também outro filhote, este de um casal antigo do Refúgio Biológico Bela Vista.

Com os novos filhotes, chega a 31 o número de nascimentos de harpia no RBV, o que faz do Programa de Reprodução da Itaipu da espécie o maior do mundo. O plantel conta hoje com 29 exemplares (seis filhotes nascidos no RBV foram doados a outras instituições).

O próximo passo do programa de Itaipu e das instituições que trabalham com harpia no Brasil é identificar as origens genéticas de cada indivíduo para formar novos pares. “Hoje, nós fazemos a reprodução, mas não sabemos de onde vem o animal”, diz o médico veterinário Wanderlei de Moraes, explicando que, no Brasil, as harpias são originárias dos biomas Amazônia e Mata Atlântica. O objetivo é fazer os cruzamentos entre animais do mesmo bioma. A partir daí, serão feitas as primeiras tentativas de soltura da ave em ambiente natural.