Cotidiano

Transporte escolar ainda é desafio para montar o ‘quebra-cabeça’ da 6ª aula

O NRE de Cascavel conta com 93 colégios, e cerca de 42 mil alunos. Em Cascavel, são 31 mil alunos e 42 colégios

Os colégios da rede estadual de ensino do Paraná atingiram a média de 62,3% de presença de estudantes em sala de aula nesta semana, entre os dias 27 e 29 de setembro. O número representa um aumento de quase 10% em relação à semana anterior.  -  Curitiba, 30/09/2021  -  Foto: SEED
Os colégios da rede estadual de ensino do Paraná atingiram a média de 62,3% de presença de estudantes em sala de aula nesta semana, entre os dias 27 e 29 de setembro. O número representa um aumento de quase 10% em relação à semana anterior. - Curitiba, 30/09/2021 - Foto: SEED

Cascavel – As aulas da rede estadual de ensino começam no dia 7 de fevereiro e o Núcleo Regional de Educação de Cascavel corre contra o tempo para conseguir organizar um dos primeiros problemas do ano que é a negociação com as 18 prefeituras que fazem parte da regional para conseguir manter o serviço do transporte escolar rural conciliando todos os horários e alunos. Ocorre que neste ano está sendo implantada a sexta aula para os alunos dos primeiros anos do ensino médio e cursos técnicos e, com isso, a carga e a grade horária acabam sendo diferentes dos demais estudantes.

A chefe do Núcleo Regional de Educação de Cascavel, Luciana Paulista, disse que ainda está tendo uma negociação com os municípios para ajustar horários, linhas e custos da nova dinâmica. A sexta aula aumenta em 50 minutos a carga horária diária para todos alunos dos primeiros anos do ensino médio e cursos técnicos. De manhã, por exemplo, a aula começaria 7h10 e teria que ir até 12h30.

Luciana explicou que eles ainda fechando a grade e avaliando como atender, mas que em Cascavel, por exemplo, as escolas com o primeiro ano vão ter o horário normal tanto de manhã quanto de tarde e a grade nova será ministrada em um dia de turno extra em contraturno escolar, assim como nos cursos técnicos. Já para o período noturno, as aulas ocorrem nos sábados, para não precisar ampliar muito o horário.

“Estamos tentando montar esse quebra cabeça da melhor forma possível, ajustando valores, horários”, reforçou Luciana. Este novo modelo maior de ensino já ocorre nos colégios cívico-militares de todo o estado. Em Cascavel, os colégios cívico militares são os colégios Júlia Wanderley, Brasmadeira, Santos Dumont, Olívio Fracaro e Cataratas.

A professora reforçou ainda que, além disso, o núcleo trabalha nos preparativos de distribuição das aulas dos professores que vai até a próxima semana, organização dos espaços e recebimento da merenda e dos materiais para atender a prevenção a pandemia. Os alunos que ficarão este período a mais nos colégios terão almoço na escola e um reforço dos materiais de combate a pandemia, como álcool em gel.

O NRE de Cascavel conta com 93 colégios, e cerca de 42 mil alunos. Em Cascavel, são 31 mil alunos e 42 colégios.

 

Novo ensino médio

Neste ano começa a valer o novo modelo de Ensino Médio, que começou a ser preparado em 2021, atendendo a Lei Federal nº 13.415/2017, que propõe mudanças na carga horária e na organização curricular de escolas das redes de ensino públicas e privadas de todo o Brasil, com ampliação da carga horária mínima do estudante na escola, que passa de 800 horas para 1.000 horas anuais. Dessa forma, o Ensino Médio passa a ter um total de 3 mil horas ao longo dos três anos, sendo 1.800 destinadas para a Formação Geral Básica e 1.200 para a realização dos itinerários formativos.

Conforme Luciana, serão ampliadas as aulas de Português e Matemática e colocado no quadro duas novas disciplinas que são o “Projeto de Vida” e “Pensamento Computacional”, que engloba as aulas de robótica, além da oferta de itinerários formativos. Durante as aulas do Projeto de Vida, o estudante vai desenvolver habilidades e receber apoio para pensar sobre seus sonhos e objetivos. Dessa maneira, ele estará mais preparado para optar por um itinerário formativo e planejar seus próximos passos nas vidas acadêmica e profissional.

No ano passado, foram realizadas formações para preparar os profissionais da educação para implementar o novo modelo e ainda foram realizadas consultas à comunidade, com o objetivo de receber contribuições e sugestões sobre o Novo Ensino Médio. Estudantes, pais, professores, funcionários de escolas e a comunidade em geral puderam ter acesso aos

documentos que detalham a proposta e contribuir para o seu aperfeiçoamento.

 

Estado faz pesquisa na comunidade

Como parte da mudança começou esta semana a ser desenvolvida a pesquisa sobre o Novo Ensino Médio promovida pela Secretaria de Estado da Educação e do Esporte. O formulário é destinado a toda a comunidade do Estado – professores, pais, estudantes de escolas públicas e privadas e público em geral – e tem o objetivo de avaliar o que os paranaenses já conhecem sobre o tema.

A pesquisa, que leva cerca de cinco minutos para ser respondida, auxiliará a Secretaria da Educação a identificar quais são os pontos já esclarecidos à comunidade e quais são os temas que precisam ser mais explorados, com o intuito de fornecer orientações acerca do novo modelo de Ensino Médio.