Foz do Iguaçu – Apesar da seca em 2021, a geração anual da hidrelétrica de Itaipu demonstra que a usina segue sendo vital para a segurança energética do Brasil e do Paraguai. No ano que passou, ela gerou 66.369.253 megawatts-hora (MWh), que abasteceram 8,4% do consumo brasileiro de eletricidade e 85,6% do paraguaio.
O total gerado pela usina brasileiro-paraguaia seria suficiente para abastecer cerca de 36 milhões de residências (considerando o consumo médio de uma família brasileira, de 152 kWh/mês) e equivale aproximadamente à produção das duas maiores hidrelétricas totalmente brasileiras somadas: enquanto Tucuruí registrou 33 milhões de MWh, Belo Monte produziu 31 milhões de MWh.
Para o diretor-geral brasileiro da Itaipu, general João Francisco Ferreira, a empresa tem superado o cenário adverso da estiagem com uma produção cada vez mais eficiente, assegurando energia limpa e renovável para os consumidores brasileiros e paraguaios. “Em um mundo que discute como produzir energia sem emitir gases do efeito estufa, a Itaipu segue sendo vital para posicionar o Brasil e o Paraguai entre os países com as matrizes energéticas mais sustentáveis”, afirmou o diretor, destacando também a estratégia ambiental da empresa, de preservar os ecossistemas para proteger o reservatório e, consequentemente, assegurar a geração de energia no longo prazo.
Produtividade
A baixa afluência do Rio Paraná nos últimos dois anos levou os técnicos da binacional a aprimorarem continuamente a coordenação entre a geração de energia e a necessidade de periodicamente parar cada unidade geradora para a realização de manutenções preventivas, considerando também a quantidade de água que chega ao reservatório e a demanda por eletricidade dos sistemas de ambos os países.
Essa estratégia, que busca tirar o máximo proveito da água para a produção de energia, tem levado a usina a quebrar sucessivos recordes de produtividade. Em 2019, para cada metro cúbico de água que passou por segundo pelas unidades geradoras foi produzido 1,079 MW, até então, a melhor marca da usina. Em 2020, o índice melhorou, chegando a 1,087 MW médio por m3/s.
Em 2021, os técnicos da Itaipu aprimoraram ainda mais esse processo de gestão e, pelo terceiro ano consecutivo, estabeleceram um novo recorde de produtividade, com 1,098 MWméd/m³/s, com destaque para o mês de julho, quando foi atingida a melhor marca mensal na história da usina, com 1,1221 MWméd/m³/s.
Para o diretor técnico executivo da Itaipu, Celso Torino, a busca constante por maior eficiência é uma estratégia que a Itaipu vem aprimorando há vários anos e deverá permanecer como uma importante lição aprendida, mesmo em um cenário de recuperação hidrológica no futuro. “Essa sintonia entre as equipes será fundamental para assegurar, também, a máxima produção durante o processo de Atualização Tecnológica da usina”, afirmou Torino.
Foto: Itaipu