Tupãssi – Perto de completar um mês das primeiras notificações de um surto de diarreia e vômito, que se alastrou rapidamente pela cidade de Tupãssi, o setor de Vigilância Epidemiologia da Secretaria de Saúde de Tupãssi, em parceria com a 20ª Regional de Saúde, sediada em Toledo, não tem registrado uma incidência grande no número de casos. Com base em exames realizados pelo Lacen (Laboratório Central do Estado), foi constada a presença de norovirus, um grupo de vírus que provoca inflamação no estômago e intestino.
Desde os primeiros resultados, os setores de saúde promoveram uma força-tarefa na tentativa de encontrar as causas dos sintomas verificados nos pacientes, a maioria crianças. Foram mais de 140 casos notificados e que receberam pronto atendimento no Hospital Palmiro Finatto, em Tupãssi.
O contágio por norovirus é oral, por ingestão de alimentos ou bebidas com a presença do vírus. No mundo, 90% dos surtos registrados são atribuídos ao norovírus. Também pode ser transmitido pelo ar. Ela acomete mais crianças e idosos, devido à baixa imunidade. Sua proliferação ocorre em costumeiramente em ambientes fechados, como unidades de atendimento à saúde, creches e escolas. O risco de desidratação é grande, devido à perda constante de líquido. Por isso, é preciso procurar o quanto antes a assistência médica para iniciar o tratamento. Com a medicação, os sintomas desaparecem em até três dias, mas vale lembrar que o vírus permanece incubado por mais alguns dias após o fim da crise diarreica aguda.
A coordenadora da Vigilância Epidemiológica de Tupãssi, Mirian Midori Miyake, considera agora fundamental a prevenção e cuidados na higiene das mãos e o manuseio de material suspeito de estar contaminado com luva. O local deve receber um pouco de água sanitária diluída, deixando agir por alguns minutos antes de fazer a limpeza, de preferência com papel toalha.