Os esforços de redução do consumo interno de energia elétrica na Itaipu desde 1995, quando foi criada a Comissão Interna de Conservação de Energia (Cice), produziram uma economia de aproximadamente 24%. Essa redução no consumo interno seria suficiente para abastecer cerca de 4 mil casas. A conta tem como referência o consumo médio de uma residência, que é de 180 kWh/mês, segundo o Programa Nacional de Conservação de Energia (Procel).
Desde a criação da Cice, a Itaipu vem colocando em prática vários projetos para evitar o desperdício de energia. Entre as medidas que Itaipu adotou que geraram essa economia, estão as melhorias no Centro Executivo, como mudanças nas lâmpadas e luminárias, com redução média de 35% no consumo de energia do local; mudanças nos sistemas de iluminação viária, substituindo lâmpadas convencionais por luminárias LED, com redução de 62,5% da potência instalada, além da elevação da vida útil; alterações na estação de tratamento de água, com a substituição de bombas por modelos mais eficientes; entre outras ações.
Além disso, novos projetos desenvolvidos pela empresa, como o Data Center da Superintendência de Informática, também incorporaram conceitos de eficiência energética, alinhando-se com as estratégias adotadas pela Itaipu para o uso racional e eficiente dos recursos.
Esforços contínuos
Os esforços de Itaipu para a redução do consumo próprio e do desperdício de energia – atitudes que se mostram ainda mais importantes frente à crise hídrica que o país vem enfrentando – vêm de longa data. A Cice mantém desde sua criação programa constante de eficientização das instalações e edificações, e acompanhamento das ações realizadas pelas diversas áreas da empresa.
As ações desenvolvidas pela binacional receberam, em 1998, a honra máxima da eficiência energética no Brasil: o prêmio Procel, concedido pelo Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica, coordenado pelo Ministério de Minas e Energia.
Em 2001, quando o país enfrentou o racionamento de energia, foi criada a Câmara de Gestão da Crise de Energia Elétrica (GCE), com a finalidade de propor e implantar medidas de natureza emergencial decorrentes da situação hidrológica do país. O subcoordenador da Câmara era o então diretor-geral brasileiro da Itaipu, Euclides Scalco.
Além disso, a Itaipu participa de vários comitês externos, como o Comitê Integrado de Eficiência Energética do Sistema Eletrobras (Cieese), o Comitê de Eficiência Energética do Ministério de Minas e Energia do Paraguai (CNEE) e o Comitê de Integração Energética Regional da América Latina (Cier).