Política

Em ano de eleições, Amop sugere corte de 20% de gastos

Presidente visita prefeituras para alertar sobre risco de as contas não fecharem neste ano

Matelândia – Sem dúvida, 2018 será um ano intenso. Ele até “começa” relativamente cedo, pois o Carnaval será dia 13 de fevereiro, mas depois disso vêm eleições, Copa do Mundo e julgamentos da Lava Jato tanto em segunda instância quanto nos próprios tribunais superiores, só para citar os mais impactantes.

Fatores que, no contexto geral, fazem com que a “bomba” estoure nos pequenos municípios, como de costume. Já calejados com isso, a ordem é: pôr o pé no freio.

Tanto que, com menos de uma semana do início do ano, a Amop (Associação dos Municípios do Oeste do Paraná) já orienta seus 53 associados a apertar o cinto e reduzir os gastos entre 15% e 20%, pelo menos, na administração. “São vários os fatores que podem agravar o repasse [federal e estadual]. Estamos muito preocupados que, em 2018, a conta não feche e o fundo de participação dos municípios diminua ainda mais, o que prejudica muito o desenvolvimento local”, explica o presidente da entidade, Rineu Menoncin, que, inclusive, tem visitado os municípios da região para falar sobre o assunto.

Segundo ele, na abrangência da Amop, o repasse do governo federal cresceu apenas 5% em 2017 se comparado a 2016, que já foi um ano bastante difícil. “E, se formos comparar como a nossa despesa, o repasse foi muito menor proporcionalmente. E não foi só o FPM que diminuiu. Também o repasse do ICMS, que é um gerador de renda importante para os municípios. Em Matelândia, por exemplo, o repasse desse imposto foi menor que em 2016”, lamenta Menoncin.

A crise é tamanha que pelo menos dez municípios pagaram o terço de férias e o 13º salário de 2017, mas, para isso, ficaram devendo para fornecedores particulares. “Eles vão pagar apenas agora, no início de 2018”, afirma o líder municipalista.