Arthur Lira e os paranaenses
Em sua caravana pelos estados na campanha para a eleição à presidência da Câmara, Arthur Lira (PP) teve uma agenda concorrida em Curitiba nessa terça-feira. O deputado, que disputa a sucessão de Rodrigo Maia (DEM) com o apoio do presidente Jair Bolsonaro, foi recebido pelo governador Ratinho Junior (PSD), secretários de Estado, deputados estaduais e 15 deputados federais paranaenses. Outros cinco que não compareceram enviaram mensagem de apoio. “A bancada do Paraná nos dará uma das maiores vitórias proporcionais na Câmara”, declarou Lira, que diz ter o apoio de 22 dos 30 deputados paranaenses. “Temos alguns deputados que compõem outras forças partidárias do Paraná e que também vão votar conosco”.
Feijão com arroz
Na reunião, Lira disse que a presidência da Câmara é a cadeira mais importante da democracia e prometeu fazer o “feijão com arroz básico” caso assuma a cadeira. “Falta estabilidade e previsibilidade para a Câmara. A forma como a Casa é conduzida hoje prejudica o funcionamento. Os deputados estão sem voz, estão sem cumprir com suas obrigações com seus estados”. Ele diz que vai definir a pauta nas reuniões de líderes na quinta da semana anterior, para ninguém vai ser pego de surpresa, e que vai pôr os projetos em pauta, “sem compromisso com o sucesso ou o insucesso das matérias”.
Impeachment
Lira disse que, apesar do crescimento de manifestações nas duas últimas semanas, sua candidatura não se propõe a discutir eventuais pedidos de impeachment do presidente Bolsonaro. “Essa pauta não está na nossa campanha. Quem tem que falar de impeachment, atualmente, é o presidente da Câmara. É ele que aceita ou não aceita. E, se depender de mim, na Câmara, essa atribuição voltará para o plenário”.
Baleia
Principal adversário de Lira, Baleia Rossi tinha agenda marcada para Curitiba nesta quarta, mas a visita do deputado foi cancelada e uma nova data será marcada.
Brandão fica
Lá por Brasília, o presidente do BB, André Brandão, está garantido no posto, mas o pacote bilionário de redução de custos, anunciado na semana passada como uma das primeiras grandes ações de sua gestão, pode sofrer ajustes. Eventuais mudanças estão sendo discutidas internamente. O risco de revisão é monitorado com atenção pelo mercado, que vê em qualquer movimento nessa direção como uma nítida interferência política do Governo Bolsonaro no banco.
Sai e volta I
Já no Paraná, chama a atenção a lista de exonerados/nomeados. Na semana passada, o governador Ratinho Junior exonerou 429 funcionários de cargos comissionados da estrutura do governo. O decreto pegou de surpresa os trabalhadores e, até, aos secretários, chefes de muitos dos demitidos. Na ocasião, a explicação foi corte de gastos. Uma semana depois, dos 429 comissionados exonerados para “gerar economia”, 357 (mais de 83%) já tiveram a exoneração revertida.
Amop & Itaipu
Uma reunião virtual realizada nessa terça serviu para a apresentação a novos prefeitos da região oeste, eleitos em 15 de novembro de 2020, do Projeto de Pavimentação Asfáltica de Estradas Rurais Amop-Itaipu. A parceria foi iniciada em junho de 2018 e já tem 61% do cronograma concluído. Até agora, nove municípios foram contemplados com obras de pavimentação de estradas rurais, totalizando 329.919 metros quadrados de um total de 541.000 metros quadrados previstos.