Protocolo de segurança sanitária elaborado pelo Codetri (Conselho de Desenvolvimento Trinacional) propõe a reabertura da Ponte Internacional Tancredo Neves, em duas etapas, a partir do dia 10 de dezembro. As normas foram encaminhadas a autoridades argentinas, acompanhadas de um pedido de reunião para a definição do conteúdo.
O documento foi enviado para o governador Oscar Herrera Ahuad, da província de Misiones, onde está localizada a cidade de Puerto Iguazú, e ao embaixador da Argentina no Brasil, Daniel Scioli. O protocolo é assinado pelos presidentes do Codespi, Codefoz e Codeleste, conselhos que atuam na fronteira trinacional, por meio do Codetri.
A proposta requer a retomada parcial do fluxo fronteiriço entre Argentina e Brasil com a realização de plano-piloto, com início no próximo dia 10. “Não podemos deixar para o ano que vem, pois sem essa reabertura em dezembro, período de férias e turismo, a economia de Puerto Iguazú não resistirá até o ano que vem”, enfatiza o presidente do Codespi, Pablo Bauzá.
O protocolo de reabertura gradual e segura da Ponte Tancredo Neves prevê:
Fase 1: plano-piloto com 15 dias de duração
Ingresso diário na Argentina e no Brasil: três mil pessoas (seis mil visitantes), o que representa cerca de 10% do fluxo do período anterior à pandemia.
Requisitos de ingresso e egresso: elaborados conjuntamente entre os dois países, contemplando turistas e particularidades da comunidade fronteiriça, como as especificidades dos profissionais do turismo.
Dias: de segunda-feira a domingo.
Horários: ingresso em Puerto Iguazú das 7h às 12h e das 16h às 23h; egresso das 7h à 1h.
Fase 2: abertura da ponte
Ampliação do número de pessoas habilitadas a entrar e a sair dos países pela Ponte Tancredo Neves e dos horários de acesso. Avaliação epidemiológica permanente. Revisão da operação escalonada a cada 15 dias.
Trabalho conjunto
Presidente do Codefoz, Mario Camargo explica que os conselhos das três cidades da fronteira trinacional atenderam a instituições que representam a economia popular, comerciantes e associações profissionais, e formaram uma câmara técnica especial para elaborar o protocolo. Esse grupo também consultou entidades sanitárias e profissionais da área médica.
“Queremos reunir à mesa de diálogo todas as instituições que atuam na fronteira, a partir desse protocolo elaborado pelo Codetri, com o apoio da Câmara Técnica de Saúde do Codefoz, das câmaras de comércio e turismo de Puerto Iguazú, guias e outros atores”, pontua Mario. “Estamos certos de que trabalhando junto podemos retomar o funcionamento da nossa fronteira, cuidando da saúde, dos empregos e dos empreendimentos que geram a renda”, frisa.
Veja os ofícios: