Pela segunda vez, só que a pé, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tentou deixar a sede do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo (SP). Novamente, uma multidão de apoiadores tentou impedir que Lula deixasse o local. Por volta das 18h45, o ex-presidente conseguiu sair da sede do sindicato onde estava desde a última quinta-feira (5) e está se dirigindo ao aeroporto de Congonhas, mas antes pode passar pela Polícia Federal para fazer exame de corpo de delito.
Tecnicamente, o ex-presidente já está preso, por estar sob custódia da Polícia Federal, cujos agentes foram buscá-lo na sede do sindicato, onde Lula se encontrava desde quinta-feira. De São Paulo, o ex-presidente deve seguir para Curitiba.
João Paulo, da coordenação do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), pediu que a militância não "entrasse em provocação" e buscasse "manter a concentração". Referindo-se à presença de agentes das forças de segurança em meio à multidão, o representante do MST ressaltou: "Nós estamos em uma negociação séria com a nossa militância, é difícil, mas nós nao vamos topar qualquer tipo de repressão contra o nosso povo", afirmou. "Estamos em uma luta democrática".
Integrantes do PT se revezaram nos apelos à multidão para garantir a saída de Lula do sindicato. Manifestantes gritavam palavras de ordem e frases de incentivo para o ex-presidente.
Antes, a presidente nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), afirmou que a Polícia Federal havia concedido o tempo de 30 minutos para que o presidente se apresentasse.