Cotidiano

Novo modelo dos pedágios precisa atender interesses dos usuários

Pelos impactos que essa questão causa no setor, a Fiep (Federação das Indústrias do Paraná) acompanha com atenção o processo de formulação do novo modelo de concessões, que deve entrar em vigor em 2021

Fiep defende modelo que reduza impacto dos pedágios na competitividade da indústria
(Crédito da foto: Gelson Bampi/Sistema Fiep)
Fiep defende modelo que reduza impacto dos pedágios na competitividade da indústria (Crédito da foto: Gelson Bampi/Sistema Fiep)

As deficiências na infraestrutura do País e os altos custos de transporte são fatores que afetam a competitividade especialmente da indústria. No Paraná, esse problema ficou ainda mais latente nas últimas décadas, devido a um modelo de concessão de rodovias que gerou tarifas de pedágio elevadas, sem que boa parte das obras previstas nos contratos fosse realizada. Pelos impactos que essa questão causa no setor, a Federação das Indústrias do Paraná (Fiep) acompanha com atenção o processo de formulação do novo modelo de concessões, que deve entrar em vigor em 2021.

“Temos uma conta cara que estamos pagando há mais de 20 anos. Precisamos ter participação na decisão de como vai ser o modelo dos próximos 30 anos, porque isso impacta diretamente nos nossos custos e na nossa competitividade”, afirma o presidente da Fiep, Carlos Valter Martins Pedro. Por isso, na semana passada a entidade realizou uma videoconferência para debater o assunto com diretores e presidentes de sindicatos industriais filiados. A intenção é ter um posicionamento homogêneo da indústria paranaense sobre o processo de licitação.

“Temos acompanhado de perto essa questão, junto com as demais entidades do setor produtivo que compõem o G7, mas queremos formar uma posição da indústria paranaense”, acrescenta Carlos Valter. Ele ressalta, ainda, que a Fiep também vai promover reuniões regionais para debater o assunto com industriais de todo o estado, levantando as prioridades em relação às rodovias.

O que deve mudar – Os atuais contratos vencem em novembro de 2021. A condução do processo de formulação do novo modelo está sendo feita pelo governo federal, com acompanhamento do governo estadual.

Pelos primeiros estudos divulgados, a previsão é de que a extensão total de rodovias concedidas passe dos 2,5 mil quilômetros atuais para 3,8 mil quilômetros, divididos em sete ou oito lotes. Desses, 2,4 mil quilômetros devem ser duplicados nos primeiros 9 anos dos contratos. Com o novo modelo, estima-se uma expressiva redução das tarifas de pedágio em relação aos valores atuais.

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