Brasília – O diretor-geral da OMS (Organização Mundial da Saúde), Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse ontem que a epidemia de HIV no mundo não terá fim sem que haja políticas direcionadas para as chamadas populações-chave – sobretudo gays, homens que fazem sexo com homens, trabalhadores do sexo, usuários de drogas e população LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, transexuais e transgêneros). “A melhor forma de abordar todo o espectro de suas necessidades de saúde é por meio de sistemas de saúde fortes baseados numa atenção primária centrada nas pessoas e que seja direcionada para alcançar saúde para todos”, publicou Tedros em seu perfil na rede social Twitter.
O diretor-geral da OMS participou ontem da cerimônia de abertura da 22ª Conferência Internacional sobre Aids, que ocorre até sexta-feira (27) em Amsterdã, na Holanda. O encontro é considerado o maior do mundo sobre o tema e reúne especialistas em ciência, direitos humanos e defesa dos interesses de quem vive com HIV.
O tema deste ano é Quebrando Barreiras, Construindo Pontes. A proposta é chamar a atenção para desafios como estigma, preconceito e outros problemas enfrentados por quem vive com o vírus em algumas partes do mundo, incluindo populações-chave do leste europeu e da Ásia Central, assim como do Oriente Médio e do Norte da África.
Números
Dados da OMS revelam que homens que fazem sexo com homens, trabalhadores do sexo, pessoas transexuais, usuários de drogas e pessoas encarceradas respondem por 40% das novas infecções por HIV registradas em 2016.