Reportagem: Josimar Bagatoli
A rede básica de saúde teve um aumento de 7,7% na procura por atendimento médico em Cascavel, na comparação entre o primeiro e o segundo quadrimestres deste ano. Foram 133.484 consultas entre maio e agosto, enquanto que entre janeiro e abril foram 123.929. Os dados foram apresentados nesta segunda-feira (14), durante prestação de contas da Secretaria de Saúde na Câmara de Vereadores.O levantamento divide os atendimentos entre UBSs (Unidades Básicas de Saúde) e USFs (Unidades de Saúde da Família).
Nas UBSs foram 54.960 consultas no primeiro quadrimestre, contra 60.579 – aumento de 10,2%. No caso de consultas com clínico geral passou de 33.983 para 37.613; pediatra de 11.091 para 12.265; ginecologista de 9.886 para 10.701; os encaminhamentos para especialistas aumentaram 20%, de 11.476 para 12.144. Nas USFs as consultas médicas aumentaram 5,7%: passaram de 68.969 no primeiro quadrimestre para 72.905. A taxa de encaminhamentos para atenção especializada foi de 16%, passando de 11.348 para 11.598.
O secretário de Saúde, Thiago Stefanello, analisa esse aumento como um conjunto de fatores, desde a crise econômica até o aumento da oferta pelo SUS (Sistema Único de Saúde). “Houve encarecimento dos planos de saúde levando as pessoas a abandonarem o mesmo; desemprego que leva as pessoas a perderem o plano de saúde e buscar atendimento no SUS; aumento da qualidade do serviço no SUS e ampliação da oferta de serviços”.
Dos R$ 298,3 milhões previstos para o ano todo, no segundo semestre o gasto foi de R$ 74,9 milhões – que equivalem a 25,11%. A destinação de verbas ao setor cresce a cada ano: foram R$ 189,1 milhões em 2016, R$ 209,6 milhões em 2017, R$ 264 milhões em 2018 e a previsão de R$ 290 milhões neste ano. Foram onze reformas em UBSs concluídas, outras cinco estão em andamento, mais cinco em licitação, duas não foram iniciadas e uma aguarda convenio com o Estado. Contemplam reforma com ampliação duas obras em andamento, uma concluída e mais uma licitada. Já para construção de unidades uma foi concluída, duas em andamento, duas com ordem de serviço emitida, seis em licitação, uma finalizando projeto e mais quatro esperando emenda parlamentar.
Stefanello aponta a necessidade de continuar os investimentos para dar conta da demanda – hoje são 49 ESFs (Equipes de Saúde da Família) – com 30 unidades – em 2017 eram apenas 27 ESFs, aumento de 77%. “Para manter a qualidade dos atendimentos e absorver a demanda, é necessário continuar ampliando as equipes. Cascavel precisa chegar próximo a 80 equipes”.