A família de Vanderlei Xavante, 43 anos, que faleceu no início da noite de segunda-feira (19) na UPA (Unidade de Pronto-Atendimento) Veneza, em Cascavel, acusa o médico que o atendeu de negligência. “A esposa dele o levou com febre e dor no corpo por volta das 11h de segunda à UPA. O médico nem olhou para a cara deles, deu Dipirona e os dispensou. Ele estava mal, precisava ter passado por exame, ser monitorado. Ele foi para casa, teve reação do remédio e quando voltou à UPA, no início da noite, vieram vários médicos socorrê-lo, mas ele morreu ali mesmo”, conta Altamiro Malaguti, ex-cunhado de Vanderlei.
Segundo Altamiro, na certidão de óbito consta que a causa da morte foi infarto. “Ele era uma pessoa muito saudável, praticava atividade física sempre. No domingo estava superbem. Ele devia estar infartando desde cedo, mas o médico nem o examinou, não viu isso. Se tivesse medicado corretamente, não estaríamos aqui, velando ele agora”, lamenta, emocionado.
Investigação
A família pretende ir à Justiça cobrar explicações e a responsabilização do médico que atendeu Vanderlei. “Não é o primeiro caso desses que acontece e, se deixarmos assim, não vai ser o último. Queremos uma investigação do que aconteceu. O Vanderlei não vai voltar mais, mas precisamos que o poder público tome medidas! Essa saúde humanizada de Cascavel só existe no papel, a realidade é totalmente diferente”, reclama Altamiro.
A Secretaria de Saúde foi procurada, mas não se manifestou sobre a situação.
Vanderlei deixa três filhos e a esposa. O enterro será hoje, no Cemitério Cristo Redentor.
Veja o depoimento na íntegra: