Foz do Iguaçu – A reunião do GGIFron (Gabinete de Gestão Integrada de Fronteira), nessa quinta-feira (8), contou com a presença de representantes das forças municipais, estaduais e federais de segurança para discutir ações de combate à criminalidade na área de fronteira do Paraná, que corresponde a 139 municípios do Estado. Esse foi o segundo encontro do GGIFron deste ano e ocorreu na Delegacia da Polícia Federal de Foz do Iguaçu.
“O encontro do GGI é uma ferramenta importante para alinharmos os quatro pilares da segurança pública: Planejamento Estratégico, Integração, Inteligência e Gestão. Ele é um exemplo do que queremos em todo o território paranaense”, afirmou o secretário estadual da Segurança Pública, Romulo Marinho Soares.
Na reunião, o representante da Polícia Rodoviária Federal, Eduardo Augusto Muniz de Souza, falou sobre o projeto Alerta Brasil, que permite monitorar e fiscalizar rodovias federais através de imagens para identificar carros roubados, clonados ou com problemas de documentação. “Com essa conversa, nós percebemos como os dados da segurança pública podem colaborar para o programa. Sendo assim, vamos fazer o termo de cooperação para a troca de informações”, destacou o secretário.
Integração
Segundo Relatório Estatístico divulgado pela Cape (Coordenadoria de Análise e Planejamento Estratégico) da Secretaria da Segurança Pública, os índices de homicídios caíram 34% em Foz do Iguaçu na comparação do primeiro semestre deste ano com mesmo período do anterior – o número caiu de 47 em 2018 para 31 em 2019.
A tendência de queda também foi percebida nos furtos (-9,5%) e roubos (-20%) gerais. No primeiro semestre de 2018, ocorreram 2.315 furtos na cidade e neste ano foram 2.095. No caso dos roubos, houve 1.003 casos entre janeiro e junho de 2018, contra 805 no mesmo período deste ano.
“O Gabinete de Gestão Integrada de Fronteira tem a proposta de harmonizar os esforços dos diversos órgãos de segurança da região de fronteira. Por isso, afinamos algumas questões administrativas e estamos construindo soluções conjuntas”, afirmou o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Péricles de Matos.
Para ele, a queda na criminalidade na região é resultado da integração entre as forças de segurança: “Se formos trabalhar de forma separada, nós temos poucos resultados, mas, quando nós alinhamos esforços com objetivos comuns e resolvemos as questões, quem é beneficiado é o morador da região”.
Fronteira
O delegado-geral da Polícia Civil, Silvio Jacob Rockembach, disse que somente com a integração é possível sustentar o combate sistemático ao crime organizado na região de fronteira. “A Polícia Civil está presente para atuar no que for necessário para que a gente tenha melhores índices, capacidade operacional e uma agilidade de resposta na área de fronteira”, conforme determinação da secretaria.
As estatísticas também mostram queda nos índices de criminalidade da faixa de fronteira, que engloba os 139 municípios da Costa Oeste do Estado. Homicídios, furtos e roubos reduziram em 15% no comparativo entre os seis primeiros meses deste ano e do ano passado. No caso das mortes violentas, foram 227 casos em 2018 e 193 em 2019. Também foram registradas 17.718 ocorrências de furtos no ano passado, contra 15.135 este ano, e 2.904 roubos em 2018 e 2.462 em 2019.