Toledo ultrapassou a marca dos 34 mil vacinados com a primeira dose (D1) contra a covid-19. A marca foi atingida nesta segunda-feira (07) e junto com o aumento de pessoas que receberam o imunizante, surgem também relatos de reações adversas para quem foi vacinado, em especial com a AstraZeneca/Oxford/Fiocruz. A situação, segundo informações da Secretaria de Saúde, não é frequente (menos de 10% dos atendidos), mas é preciso atenção.
De acordo com o médico e diretor geral de Saúde de Toledo, Fernando Pedrotti, a maioria das vacinas trazem algum tipo de reação adversa e com esta não foi diferente. No início da aplicação da AstraZeneca, alguns sintomas despertaram a atenção da Vigilância Epidemiológica. “Os primeiros a receber doses desta marca foram os trabalhadores da saúde e em determinado local tivemos três casos e chegamos a suspeitar, devido aos sintomas, que tínhamos um surto de Covid-19, entretanto logo a situação foi associada a vacinação”, explica.
O sintoma mais comum é dor no local e costuma aparecer entre 12h e 24h após a aplicação. Além disso, existe a possibilidade de dores musculares ou espalhadas pelo corpo (mialgia), dor de cabeça e uma pequena febre que não ultrapassa os 38º. “É uma reação do próprio componente vacinal. É esperado que possa ocorrer e assim como aparece deve desaparecer de forma espontânea. Não há nenhum problema e esse desconforto é muito menor do que se a pessoa estivesse com a doença em si”, salienta.
Sobre os cuidados com essas reações, Pedrotti orienta a observação. “É preciso analisar como foi o cuidado nas últimas semanas. A pessoa pode estar apenas tendo uma reação à vacina ou ter contraído a doença e o sintoma pode estar se manifestando e coincidindo com a data da vacinação”. O conselho do médico é aguardar às 24h posteriores à vacina e, caso os sintomas não passem ou neste período venham a se agravar, procure uma unidade de atendimento para pacientes com sintomas gripais para ser acompanhada.
Outra dúvida frequente das pessoas é sobre a possibilidade da vacina causar a doença. Fernando Pedrotti afirma que esta situação não acontece pois os imunizantes são produzidos com vírus inativado. “No caso da AstraZeneca nem o vírus é utilizado, é outro vírus incapaz de causar doenças, no caso o adenovírus, que é o causador do resfriado em humanos e neste caso é usado como vetor viral”. O diretor ainda explica que algumas reações podem acontecer em quem tomou a Coronavac, porém os relatos são menos frequentes.
Pedrotti ainda lembrou que mesmo após a vacinação, as pessoas devem continuar com os cuidados básicos como o uso correto de máscara, distanciamento social e assepsia das mãos com água e sabão ou álcool em gel.