Curitiba – O Paraná segue uma tendência que ocorre não só no País, como também no mundo: a queda no número da procura por testes para detecção do vírus HIV. Com a pandemia da Covid-19, houve uma redução na procura por este serviço, assim como tantos outros da área. E essa queda impactou diretamente nos dados de novos casos de HIV nos dois últimos anos, que estão subnotificados.
A taxa de detecção de HIV por 100 mil habitantes no Paraná foi de 22,4 em 2019, 15,6 em 2020 e 18,1 no ano passado. Para a Aids, a taxa em 2019 foi de 9,7; em 2020 de 7,2, e 8,0 em 2021. Mesmo nesse cenário há uma notícia positiva. A distribuição de testes rápidos para diagnóstico do HIV em 2021 (62.648) mais do que dobrou em relação a 2020 (25.839) e 2019 (27.959) no Paraná.
Dessa maneira, a Secretaria de Estado da Saúde, por meio de ações e incentivo das intervenções em saúde, vem atuando no enfrentamento da doença. “Essa redução já era esperada porque as ações e a atenção da população neste período estavam voltadas para a Covid-19 e muitas pessoas tinham medo ou receio em procurar outros serviços de saúde”, disse o secretário de Estado da Saúde, César Neves. “Mas a testagem não deixou de ser ofertada e, inclusive, disponibilizamos autoteste para a realização em casa. Precisamos neste momento reorganizar essa área da saúde”.
AÇÕES
Em 2021, ano em que a infecção pelo HIV completou 40 anos, foi lançado um projeto-piloto no Brasil, coordenado pelo Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis (DCCI)/Fiocruz/Proadi, para a reestruturação dos Centros de Testagem e Aconselhamento (CTAs).
Neste primeiro momento o Paraná foi contemplado para receber o projeto de assessoria técnica, implantado na 3ª Regional de Saúde, no município de Ponta Grossa, nos Campos Gerais. “É de extrema relevância a reestruturação dos CTAs de forma que possam atuar integralmente, como pontos de atenção, prevenção e de vigilância em saúde, articulados com a Atenção Primária, visando responder às necessidades das pessoas acometidas por esses agravos já citados”, disse a chefe da Divisão de Doenças Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis (DCIST), Mara Carmen Ribeiro Franzoloso.
HIV
HIV é a sigla em inglês para “vírus da imunodeficiência humana”. A infecção por esse vírus pode levar a uma doença conhecida como síndrome da imunodeficiência adquirida (Aids, em inglês). O HIV ataca as células responsáveis pelo sistema imunológico em humanos, podendo deixar os infectados com a saúde muito debilitada.
Ser infectado pelo HIV, no entanto, não significa desenvolver Aids. O vírus da imunodeficiência humana é classificado como um retrovírus, que possui um período de incubação prolongado antes do surgimento dos sintomas da doença.
Paraná não registra mortes por Covid-19 há três dias
Curitiba – Dados preliminares da Secretaria de Estado da Saúde, coletados ontem (25), apontam que o Paraná não registrou mortes em decorrência da Covid-19 desde sexta-feira (22). As informações são do sistema estadual Notifica Covid, alimentado diariamente pelos municípios, e podem sofrer alterações ou registros retroativos. O boletim de sábado trouxe apenas óbitos retroativos.
Já com relação aos casos confirmados da doença, o novo boletim registra 841 novos diagnósticos. Destes, 269 são retroativos e foram notificados entre 18 de julho de 2020 e 21 de março deste ano; 341 são foram confirmados entre os dias 4 e 23 de abril; e 231 foram diagnosticados nas últimas 24 horas. Agora, o Paraná soma 2.433.060 casos e 42.842 óbitos.
Ainda segundo os dados da Secretaria, 360 municípios (mais de 90% do Estado) não registraram mortes por Covid-19 este mês, e 98 estão sem óbitos pela doença desde o ano passado.
A média móvel de casos aumentou 13% em relação a 14 dias atrás, o que configura estabilidade. A média móvel de mortes caiu 47,8% e atualmente é de 1 por dia. Os casos confirmados divulgados nesta data são de abril (572), março (21), fevereiro (54) e janeiro (185) de 2022; outubro (1), setembro (2), agosto (2), julho (1), junho (1) e março (1) de 2021; e julho (1) 2020.