Brasília – O Ministério da Saúde confirmou nessa segunda-feira mais 627 mortes e 20.647 casos do novo coronavírus no País, elevando para 43.959 óbitos e 888.271 infectados. Os dados coincidem com o boletim divulgado pelo Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde).
A taxa de letalidade da doença é de 4,9%. A incidência da covid-19 em todo o País é de 422,7 pessoas a cada 100.000 habitantes.
Nas segundas há, normalmente, uma queda na notificação de casos por falta de atualização de boletins médicos por parte das secretarias estaduais durante os sábados e os domingos – quando esses locais funcionam no esquema de plantão. Contudo, em comparação à segunda-feira passada, o País teve alta de 4.993 casos e retração de 52 registros de mortes.
De acordo com o levantamento diário da Universidade Johns Hopkins, o Brasil é o segundo em número de diagnósticos e em óbitos ocorridos por covid-19 em todo o mundo, atrás apenas dos Estados Unidos.
Mundo
No mundo, são quase 7,7 milhões de infectados pelo novo coronavírus, com 427 mil mortes. Desses, mais de 2 milhões testaram positivo nos Estados Unidos, que também têm o maior número de mortes: 117.700. Em números absolutos, o Brasil já aparece na segunda posição, seguido pelo Reino Unido, onde morreram 41.736 pessoas.
Além do Brasil, dentre os países com mais casos também aparece em ritmo ascendente a Índia, que passou de 332 mil infectados e 9.520 mortes.
FDA revoga autorização para cloroquina
A agência de controle de drogas dos Estados Unidos, a FDA, revogou nessa segunda-feira (15) a autorização de uso emergencial de cloroquina (CQ) e hidroxicloroquina (HCQ) para pacientes com covid-19. A autorização tinha sido dada em 28 de março, quando, de acordo com a agência, as evidências científicas permitiam concluir que havia benefícios.
A agência determinou que “é improvável que a CQ e a HCQ sejam eficazes no tratamento da covid-19 para os usos autorizados nos EUA”.
O órgão afirmou que “à luz dos eventos adversos cardíacos graves e outros efeitos colaterais graves, os benefícios conhecidos e potenciais de CQ e HCQ não superam mais os riscos conhecidos e potenciais para o uso autorizado”.
Na contramão
No mesmo dia em que os Estados Unidos retiraram a autorização de emergência de tratamento com a cloroquina e a hidroxicloroquina contra a covid-19, o Ministério da Saúde estendeu a recomendação de uso da droga para gestantes e crianças.
A orientação para esses grupos, a partir dessa segunda-feira (15), é para prescrição desses medicamentos, associados ao antibiótico azitromicina, mesmo para casos leves. Não há evidência científica sobre eficácia da cloroquina contra a covid-19.
O presidente Jair Bolsonaro é defensor desse tratamento e dois ministros da Saúde já deixaram o governo por, dentre outros motivos, se opor ao uso amplo da droga.
O documento não é um protocolo, ou seja, não dita regras no SUS nem passa a autorizar procedimentos antes proibidos, mas tem forte poder político.
Matéria atualizada às 21h06.